Saio, encosto-me no tempo, pego no
carro, viro obrigatoriamente à esquerda,
depois obrigatoriamente à esquerda. Até
aqui, nada que saber. O problema é no
cruzamento seguinte, onde há o seguir
em frente, o virar à esquerda e o virar
à direita. Hesito. Mas não tenho que
hesitar, porque, vire para onde
virar, o destino será sempre o mesmo:
o da minha circunferência que ameaça
voltar a tornar-se inexpugnável. Até
ao dia em que decidir rebentar de vez
com ela. Já esteve mais longe. Sinto
que vem por aí o tempo de todas as
liberdades. E eu vou voar nelas.
Rampa de salto de asa delta em Santa Catarina
História do Vôo Livre no Brasil
Por Haroldo Castro Neves
O australiano Bill Moyes, em 1968, é
o primeiro a praticar o planeio com
uma asa e logo depois, em 1974, o
francês Stephan Dunoyer de Segonzac
vem ao Brasil e faz o primeiro vôo
oficial saltando do Cristo Redentor.
Muitos adeptos do esporte surgiram
na época e Luiz Cláudio Araújo de
Mattos tornou-se o primeiro voador
brasileiro , utilizando o sítio da
Pedra Bonita, em São Conrado, RIO
DE Janeiro, como ponto de decolagem.
Desde os primeiros vôos, em 1974,
o Rio exerceu uma completa liderança
na explosão deste esporte no Brasil.
A criação da Associação Brasileira
de Vôo Livre, em 1976, organizou
a sistematização de treinamento
e normas de segurança, além
de projetar pilotos brasileiros, com
sucesso, em competições internacionais.
Hoje, a associação Brasileira de
Vôo Livre - ABVL- é composta por
11 associações estaduais que contam
com mais de 2.000 praticantes do
esporte em todo o país. Junto à
AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO
CIVIL- ANAC - mantém a
responsabilidade pela a regulamentação
e coordenação do esporte em
nível nacional.
O instrutor é essencial no primeiro voo
Primeiro dia de competição, sol
muuuuuito forte e condições extremas
com várias termais.
Em primeiro plano o meu avião...
No panorama internacional, em 1981,
o Brasil conquistou o Campeonato
Mundial de Vôo Livre, no Japão,
com o piloto Pepê Lopes. Atualmente,
somos os segundos no ranking
mundial. Campeão Mundial por
Equipes em 1989 e Campeão do
Pré-Mundial de 1990, com o piloto
Paulo Coelho, o Brasil sediou, em
fevereiro de 1991, o VIII Campeonato
Mundial de Vôo Livre, na cidade
de Governador Valadares/MG,
onde ficamos com o segundo
lugar por equipes e os pilotos
Pepê Lopes como vice-campeão
Mundial e o piloto Paulo Coelho
com a terceira colocação. Em
1999, a equipe Brasileira conquistou
o título de campeã Mundial por
equipes, na Itália, com o piloto
André Wolf ficando como Vice-
campeão Mundial, o piloto Pedro
Matos em terceiro lugar, o piloto
Beto Schmitz com a quarta colocação,
Luiz Niemeyer com a sexta e
Álvaro Sandoli (Nenê Rotor) com
a oitava colocação. Em 2003
foi realizado no Brasil, em Brasília,
o XIV Campeonato Mundial de
Vôo Livre, onde mais uma vez
os pilotos brasileiros se destacaram
e conquistaram a vice-liderança
no ranking mundial, ficando
atrás apenas dos pilotos austríacos.
O próximo Campeoanto Mundial
será realizado na Austrália,
em janeiro de 2005.
A realização de campeonatos
estaduais com foco na promoção
e divulgação do esporte
justifica-se como uma importante
ferramenta de desenvolvimento,
aprimoramento dos pilotos e
sustentabilidade do esporte.
Através destas competições os
pilotos se preparam para o
circuitos: nacional e mundial.
A seleção da Equipe Brasileira
é formada através de um ranking
dinâmico e muito competitivo.
Ao longo desses 30 anos de vôo
livre no Brasil, muitas etapas
foram vencidas e, sem dúvida,
uma grande conquista foi a
construção da sede própria da
ABVL no terreno cedido pelo
Governo do Estado do Rio
de Janeiro na área de pouso
em São Conrado, Rio de
Janeiro,berço do vôo livre nacional.
Voei de Asa Delta no
Rio de Janeiro
Logo que eu soube que passaria o Reveillon
no Rio de Janeiro tive a brilhante ideia de
voar de asa delta. Perguntei pra alguns
amigos se alguém conhecia um instrutor
confiável mas nada de indicações. Uma colega
que já morou lá me contou que era super
fácil combinar o voo, era só chegar na
praia de São Conrado e perguntar pro pessoal
que estava aterrisando. E realmente dá
pra fazer assim porque alí no fim da praia
fica a Associação de Voo Livre onde estão
cadastrados todos os instrutores profissionais
do Rio de Janeiro. Mas claro que lá fui
eu fuçar a internet.
Joguei no Google “asa delta rio de janeiro”,
entrei em alguns sites e mandei e-mail pra
todos que tinham um bom tempo de
experiência, equipamentos importados
e claro, eram credenciados na associação
(todos que achei eram assim). Logo fui
recebendo as respostas e todos estavam
chutando o preço lá no alto, afinal, no
fim do ano o movimento é grande.
Alguns até já ressaltavam que nesta
época só faziam pacote completo (com
translado, foto e dvd) o que fazia o preço
chegar aos 350 reais.
Eu agendei horário com o Beto da Rotorfly
que além de oferecer as mesmas coisas
que os outros, não exigia que se
comprasse o pacote completo e tinha
o melhor preço de todos, 160 R$ por
pessoa. Encontramos ele no Posto Shell
da Estrada da Gávea, de lá ele nos levou
pra Praia do Pepino em São Conrado.
Assinamos o termo de responsabilidade
e pagamos mais uma taxa de R$10.
Subimos de carro com o instrutor pra
Pedra Bonita que fica a 520m de
altura. São uns 15 minutos de percurso
em estrada asfaltada.
Chegando lá havia apenas 3 pessoas na
espera (fomos bem cedo) e assim que
a neblina se dissipou um pouco as asas
começaram a descer. Há um treino
bem fácil antes de voar e algumas intruções.
Depois você entra num tipo de colete,
se amarra na asa ao lado do instrutor.
Daí você corre corre corre num deck de
madeira que fica na pedra e quando
menos espera, já está no ar! Que delícia!
O voo é muito suave, não balança, não
dá medo e dá pra ficar conversando com
o instrutor. A sensação de voar é ótima e
a vista é linda. Não durou muito, apenas
10 minutos, mas foi o suficiente pra curtir.
A parte mais emocionante é a descida
quando a asa pega um pouco mais de
velocidade. Peça pro instrutor aterrisar
no gramado e não na praia, assim seu
pé não fica atolado na areia.
INFO: (esses valores podem mudar)
instrutores experientes e homologados
pela Associação Brasileira de Voo Livre,
coordenados por Beto Rotor. Beto é
atual diretor financeiro do Clube São
Conrado de voo livre, piloto e instrutor
de asa delta e parapente com 15 anos
de experiência e há mais de 20 anos
envolvido com o voo livre.)
Contato: (21) 7841-1348 / 9694-7323 e
2422-8586 ou betorotor@gmail.com
Preço: R$ 160 de semana e R$180 de
fim de semana
Opcionais: fotos digitais (R$ 40,00) e
filmagem em DVD (R$ 80,00) ~Transfer
de seu hotel ou residência: Vindo da
Zona Sul ou Barra da Tijuca – Ida e
volta para até 4 pessoas R$ 50,00.
Formação de para-quedistas
Os pagamento são feitos depois do
voo. Se você sentir medo e quiser desistir
não é cobrado nenhum valor.
O melhor horário pra voar é entre as 7h
e 9h, depois disso a pedra fica congestionada!
LIGAR 1 HORA ANTES DO VOO PRA
SABER SE O VENTO ESTÁ FAVORÁVEL
Incrivel voar sem motor !
Atinge longas distancias apenas
flutuando levemente pelo ar
O painel parece de um avião normal,
mas não possui motor
Bem alto acima das nuvens
Isso é voar como um pássaro
Essas aeronaves desprovidas de
motor, são o que de mais próximo
o homem fez para voar como os pássaros,
principalmente os pássaros planadores.
Na ornitologia os pássaros planadores
são aqueles que pouco se utilizam dos
movimentos das suas asas, conhecidos
como bater asas, para voar.
Esses pássaros usam as correntes aéreas
para se manterem às vezes por horas e
horas voando sem esforço.
Entre as características desse tipo de
vôo está a enorme facilidade com que
essas aves encontram as térmicas que
são as correntes ascendentes criadas na
atmosfera pelo deslocamento das massas
de ar quente.
Por serem menos densas essas correntes
sobem na atmosfera, como se fossem
tubos de ar aquecido, e que sobem até
que a condensação, pelo resfriamento,
as transforme nas nuvens do tipo cumulus.
O aproveitamento dessas correntes é
fundamental para o vôo planado.
A técnica do vôo aproveitando as térmicas,
foi desenvolvida principalmente pelo alemão
Georgui na década de 1920 e a partir de
então o vôo em planadores teve um
grande impulso. Os vôos tiveram sua
duração extraordinariamente aumentada
e portanto as distâncias percorridas
também cresceram muito.
As técnicas construtivas dos planadores
também tiveram um enorme impulso
quando os materiais originalmente
utilizados (madeira e lona) foram
substituídos pelos materiais compostos
(fibra de vidro e fibra de carbono).
O vôo em planadores é portanto a essência
do vôo. Um vôo muito tranqüilo, com
um leve ruído do ar passando pela
fuselagem do planador e toda a
natureza para ser apreciada de uma
posição muito privilegiada.
O vôo apesar de muito tranqüilo,
envolve muitos conhecimentos e uma
avaliação e reavaliação sistemática
por parte do piloto que precisa tomar
até 20 decisões por minuto, seguidas
de correções efetuadas nos controles
do planador.
Com o passar dos treinamentos e
a vivencia, o piloto acaba fazendo
essas ações e correções de forma
automática, da mesma forma que o
piloto de automóvel ou motocicleta.
O primeiro vôo em um planador
é uma experiência inesquecível.
Com o passar do tempo e dos
vôos realizados, é inevitável
que a pessoa seja contaminada
pelo vírus do vôo silencioso que
nós apelidamos de "Aerococus
Thermalis".
Quer saber mais sobre o vôo
silencioso, suas aves e muitas
estórias? Editamos um livrinho
chamado "ASAS, PENAS E
TROFÉUS".
2 comentários:
Obrigado pela Boa divulgação!!!
Mas, por favor!! Estes valores estão desatualizados, mande me consultar em www.rotorflyvoolivre.com
ou betorotor@gmail.com
21 7841-1348
Abração!
Boa tarde Frazão, perfeito, eu vou entrar no seu site, eu aprecio todos os esportes, mas tenho profunda admiração pelos esportes radicais e os esportes de muita técnica, como o alpinismo, voo livre, rapel,etc, eu é que agradeço á sua visita no meu blog.
Um abraço.
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