Nesta quarta-feira (27), a cidade gaúcha de Santa Maria homenageou as vítimas do incêndio de um mês atrás na boate Kiss. As homenagens começaram ainda na madrugada. Em frente à boate Kiss, uma faixa trouxe fotos das 239 vítimas fatais na forma de um grande coração. Pela manhã, uma multidão vestindo branco e trazendo flores se reuniu na praça central da cidade.
Às 8h, o silêncio foi rompido com sinos, buzinas e palmas.
“É graças aos abraços que a gente está recebendo, de familiares, de amigos, de pessoas estranhas, é com este abraço coletivo que a gente está suportando”, disse Ogier Rosado, pai de uma vítima.
A segunda maior tragedia no pais
envolvendo um espaço publico.
As famílias das vitimas se reuniram e
conseguiram grande força para
superarem esse momento de imensa dor.
Durante cinco minutos, Santa Maria ouviu o som de quem não quer deixar que o mundo esqueça uma tragédia tão grande. À tarde, mães das vítimas do incêndio da boate que matou 199 pessoas em Buenos Aires em 2004 chegaram a Santa Maria para prestar solidariedade às famílias brasileiras.A polícia disse que há indícios da perícia que comprovam a presença de cianeto nos exames feito nas vítimas. O gás teria sido liberado pela queima da espuma que revestia o teto da boate. Os investigadores também querem saber quem autorizou o funcionamento da casa sem as devidas condições de segurança.
A cor rosa suave se transformou
em negro da tragedia.
“Nós estamos focando mais nesta questão da expedição dos alvarás e das fiscalizações: como eram feitas, quem deveria fazer e a responsabilidade eventual de quem deveria ter feito. Isso é o mais importante” declarou Marcelo Arigony, delegado de Santa Maria. No início da noite, uma nova homenagem aos mortos reuniu centenas de pessoas em uma caminhada pelas ruas de Santa Maria. Um assunto de extrema importância pois vidas humanas preciosas foram perdidas, onde jovens valorosos com um grande futuro pela frente, tiveram seus sonhos e objetivos ceifados por culpa da ambição de certas pessoas que visam apenas o lucro financeiro, sem um minimo de investimento padronizado em segurança patrimonial.
Um local de grande aglomeração de
pessoas com uma unica saída, um
tipico cenário de tragedia.
Uma tragedia que jamais sera esquecida
não apenas pelas famílias, mas pelo pais inteiro.
Toda essa dramática situação teve como resultados práticos autuações no pais inteiro de outras casas de espetáculos que também funcionavam sem a minima condição de segurança e muitas não tinham nem alvará de funcionamento e nenhum tipo de documento que garantisse o seu funcionamento, e com certeza nessas condições, teriam grandes possibilidades de causarem futuramente outras tragedias pelo pais. Esperamos que toda essa fiscalização não seja apenas momentânea, e que a partir dessa terrível tragedia as autoridades competentes, promovam verdadeiros arrastões fiscais em todos os locais de aglomeração de pessoas, casas de espetáculos hotéis, lojas, restaurantes, enfim em todas as construções comerciais e de entretenimentos.
Fonte G1.
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