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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

AUMENTOU O BOLO, MAS Á FATIA ...


/01/2010 - 08h59

Inadimplência das empresas 

atinge maior nível desde

 2001, diz Serasa



da Folha Online

A inadimplência das empresas cresceu 18,8% no ano passado, na comparação com 2008. Trata-se do maior avanço desde 2001, segundo o Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas, divulgado nesta sexta-feira.
Segundo a Serasa, a volatilidade provocada pela crise financeira internacional "atingiu, sensivelmente, as finanças das empresas brasileiras" no ano passado. "Com o real forte, recessão e baixo crescimento das economias globais, [as empresas] exportadoras
 sentiram mais os efeitos da crise."


Em 2009, o ranking de representatividade
 da inadimplência das
 empresas foi liderado pelos títulos 
protestados, com 41,5% de 
participação no indicador, contra
 41,7% em 2008. Em seguida estão 
os cheques sem fundos, que representaram 38,6% da
 inadimplência 
das pessoas jurídicas no ano passado --contra 39,1% 
em 2008.
As dívidas com bancos representaram 19,9% da
 inadimplência em 2009,
 acima dos 19,2% verificados ao longo de 2008.
As dívidas com bancos tiveram um valor médio 
de R$ 4.569,30, o que 
resultou em 3,9% de elevação, ante 2008. Os 
cheques sem fundos, por 
sua vez, tiveram em 2009 um valor médio de
 R$ 1.736,13, com 9,4% de 
crescimento, quando comparado com 2008.
Os títulos protestados, por sua vez, tiveram no
 ano passado um valor
 médio de R$ 1.679,83, resultando em 26,2%
 de aumento, comparando-se com 2008.
Ajustes
As empresas precisaram fazer ajustes como cortes de funcionários 
e adiamento de investimentos, diante do cenário de incertezas trazido
 pela crise, que afetou a oferta de crédito, e da falta de opção de 
financiamento no mercado, segundo economistas da Serasa.
O setor exportador, por sua vez, foi o mais atingido pela crise. A recessão 
e baixo crescimento das principais economias globais, juntamente com a
 valorização do real, afetaram diretamente seus negócios.
Para 2010, a expectativa da Serasa Experian é que o crédito às empresas
 cresça num ritmo mais acentuado do que o do consumidor, com
 inadimplência em queda por todo o primeiro semestre.

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