A Câmara aprovou na noite deste domingo 17 a admissibilidade do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, fechando uma disputa entre os deputados federais que durou cinco meses e que teve como principal estrela o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), responsável por acolher o processo em retaliação a uma disputa com o PT. Após dias de uma batalha psicológica entre governistas e oposição a respeito do apoio parlamentar, Dilma Rousseff sofreu uma derrota dura. O 342º voto, o mínimo necessário, veio por meio de Bruno Araújo (PSDB-PE), às 23h08. Foram 367 votos contra ela e apenas 137 votos a favor, com 7 abstenções e duas ausências. Eram necessários 342 votos, ou dois terços da Câmara, para admitir o processo. Por volta das 22h, o governo concedeu a derrota. "Os golpistas venceram aqui na Câmara, mas a luta continua, nas ruas e no Senado", disse o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE).
Uma votação que ficou para a historia
do Brasil onde a maioria dos canais
de tv estavam ao vivo acompanhando tudo.
A maioria venceu as votações
como o esperado agora tudo
passa ao Senado Federal.
"Os golpistas venceram aqui na Câmara, mas a luta continua, nas ruas e no Senado", disse. "Acredito que temos chance de reverter o jogo. Não é possível afastar uma presidenta que não cometeu nenhum crime de responsabilidade. É uma derrota momentânea. A luta está apenas começando, será lenta e gradual. Até porque o vice-presidente não reúne a menor condição de governar o País", afirmou. "Perdemos porque os golpistas foram mais fortes, comandados por Eduardo Cunha." O avanço da sessão deste domingo deixou claro, aos poucos, que a estratégia do governo fracassaria. A aposta inicial era em um quórum baixo, mas às 17h45, quando teve início a chamada dos deputados, estavam presentes 505 dos 513 deputados, número bastante elevado, ao contrário do que o Planalto desejava. No meio da sessão, eram 511 deputados presentes.
Um resultado mais do que esperado,
pois a grande maioria definhava
a favor do impeachment.
Apenas dois deputados não estavam
presentes por motivos plenamente justos.
Quando a votação teve início, vieram novos indícios de que a vitória do impeachment era iminente. O governo enfrentou traições importantes, inclusive no PDT, partido que tinha fechado questão contra o impeachment. Esses votos surpreendentes eram os mais aplaudidos no Plenário, pois davam a entender que a onda anti-Dilma havia crescido. Ao mesmo tempo, muitos parlamentares que se declaravam indecisos, penderam para o lado da oposição. Ao justificar os votos pelo impeachment, a imensa maioria dos parlamentares deixou de lado os argumentos jurídicos apresentados no pedido feito pelos juristas Janaína Paschoal, Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior as pedaladas fiscais e a publicação de decretos orçamentários sem autorização do Congresso.
Na verdade Dilma não agrada nem
gregos e nem troianos, devido
suas relações promiscuas com
ditadores sanguinários!
O povo brasileiro esta sendo massacrado
por esse governo inutil e corrupto!
Uma grande proporção dos deputados usaram as famílias e Deus como justificativas para afastar Dilma do poder. Houve também muitas manifestações em favor das cidades e dos estados dos parlamentares.Senado agora, o processo segue para o Senado que, conforme definido pelo Supremo Tribunal Federal, deve definir se há razões para a continuidade da ação. O pedido de impeachment deve ser lido em plenário na terça-feira 19. Na sequência, a Casa criará uma comissão especial que deverá analisar o caso e produzir um parecer. Este relatório será votado pelo plenário e, se aprovado por metade dos senadores, Dilma Rousseff será afastada por 180 dias até seu julgamento, a ser realizado pelo próprio Senado.Neste período, assume temporariamente o vice-presidente da República, Michel Temer, que há semanas vem manobrando a favor do impeachment em uma batalha cada vez mais aberta com Dilma.
Fonte Carta Capital.
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