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sexta-feira, 28 de novembro de 2014

U.S.P. AS TRAÇAS.

As denúncias recentes de casos de estupro ocorridos em uma das faculdades mais tradicionais do país expuseram um problema recorrente em várias universidades brasileiras: a omissão das instituições para coibir os abusos em trotes e festas universitárias, especialmente com os chamados "calouros", que recém-ingressaram na universidade. As alunas da Faculdade de Medicina da USP em São Paulo (FMUSP), vítimas de abusos sexuais em duas festas realizadas dentro do campus, chegaram a denunciar seus agressores, mas se disseram "silenciadas" pela universidade.
Ha muito tempo veem ocorrendo crimes
 dentro da USP, mas sempre tudo é 
abafado pela administração, mas agora
 isso chegou a um ponto insuportável.
Uma das melhores universidades
 do pais, esta rodeada com varias
 ocorrências de crimes cometidos 
dentro do seu campus.
"O que essas meninas que sofreram violências mais relatam pra gente de resposta institucional é o silêncio", conta Ana Luiza Cunha, aluna do 3º ano de medicina e uma das fundadoras do Coletivo Geni, um grupo criado para dar voz às vítimas de violência dentro da FMUSP."Essas violências são conhecidas por quem está lá dentro há muito tempo, mas a diretoria se omite, fala que não sabia. A FMUSP, porém disse que se coloca de maneira antagônica a qualquer forma de violência e tem se empenhado em aprimorar seus mecanismos de prevenção destes tipos de casos, apuração de denúncias e acolhimento das vítimas."
O jovem Vitor Hugo Santos, foi 
encontrado morto dentro do
 lago da USP, depois de uma festa
 recheada de alcool e drogas.
Marginais entram dentro do campus
 tranquilamente e cometem varios 
crimes e ate mortes ja ocorreram no local.
Os casos recentes reacenderam o debate sobre a responsabilidade das universidades diante do que acontece em trotes e festas vinculadas a ela. Legislação Não há lei federal que discorra sobre o trote universitário por enquanto  há um projeto de lei que ainda tramita no Congresso. No entanto, no caso de São Paulo, já há uma legislação específica que proíbe o trote violento atribuindo às instituições a responsabilidade por adotar medidas preventivas e impedir a prática dele. Segundo essa lei  que entrou em vigor em 1999, após um calouro de medicina ter morrido afogado em um trote da USP -, a universidade pode ser responsabilizada por um aluno agredido ainda que o trote tenha acontecido fora das dependências dela, "porque a relação entre os alunos está ligada à entidade."
No ano de 2000, o estudante de medicina
 edison tsung hsueh, foi encontrado morto 
dentro de uma piscina tambem na USP,
 fato que comprova  dessas historias de
 violência veem de muito tempo.
Medico e professor de medicina, 
Dr Paulo Saldiva, pediu afastamento,
 ao perceber descaso da administração
 da universidade sobre as denuncias.
Para a promotora do Ministério Público do Estado de São Paulo, Paula Figueiredo, que instaurou um inquérito para apurar os casos de violações aos direitos humanos na USP, a universidade tem o dever de investigar esse tipo de violência. "As coações aos novatos ocorreram lá dentro, há, sim, um dever da faculdade de apurar o que aconteceu e dar uma resposta", disse à BBC Brasil. A promotora explica que, mesmo em casos de festas organizadas por Atléticas  como é o caso da Carecas no Bosque, onde ocorreu um dos abusos -, "a diretoria da universidade tem responsabilidade por tudo o que acontece dentro do campus." O inquérito foi instaurado e agora Paula Figueiredo segue ouvindo depoimentos dos envolvidos. Segundo ela, se for comprovado que "a conduta da instituição gerou danos a uma pessoa, ela pode ter que fazer medidas compensatórias concretas, como uma manifestação expressa de retratação ou até promover políticas de inclusão." 
O estudante Felipe Ramos de Paiva,
 foi morto quando abria a porta do seu 
carro dentro do estacionamento da USP.
Estudantes mulheres foram 
estupradas por marginais dentro 
do campus da universidade.
Há ainda a possibilidade de ela ter que pagar uma indenização para o fundo de direitos de coletivos que financia ações sociais. Relatos de abusos  sexuais ou físicos  em trotes ou festas universitárias não são uma exclusividade da FMUSP e costumam ser recorrentes nas universidades brasileiras em geral."Tem muito disso. Mulheres que têm que simular sexo oral na banana, tenho um amigo que teve um cigarro apagado na mão por um veterano", conta uma estudante da Unesp Botucatu (SP) que não quis ser identificada. Na UFMG, uma caloura foi pintada com tinta marrom, enrolada em uma corrente e chamada "Chica da Silva" em 2013. Na UFPR, em 2012, os veteranos do curso de Direito distribuíram um manual de sobrevivência dos calouros ensinando "como se dar bem na vida amorosa utilizando a legislação brasileira."
Fonte G1 Noticias.

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