O governo lançou na semana passada um programa de investimentos em infraestrutura que vai ampliar a capacidade de transporte, além de promover a eficiência e aumentar a competitividade do País. O Programa de Investimentos em Logística prevê aplicação de R$ 133 bilhões na construção e ampliação de 10 mil quilômetros de ferrovias (R$ 91 bilhões) e de 7,5 mil quilômetros de rodovias (R$42 bilhões).O planejamento das ações e o acompanhamento dos projetos serão feitos pela Empresa de Planejamento e Logística (EPL), criada para promover a integração logística no Brasil.
O pais necessita dos transportes, e os
investimentos neste setor se fazem necessários.
Estão previstas obras em nove trechos de rodovias e em 12 trechos de ferrovias, por meio de concessões que prevêem regras que protegem os motoristas urbanos porque não serão instalados postos de cobrança de pedágio dentro das cidades.O modelo de concessão também estimula tarifas mais baixas. Ganha a concessão aquele que aceitar a tarifa mais barata por seus serviços. Com isso, o dinheiro que o concessionário estaria disposto a pagar pelo direito de explorar o serviço, caso houvesse cobrança de outorga, será concentrado na redução da tarifa e na realização mais rápida de um grande volume de obras.
O transporte ferroviário é um dos
mais baratos do mundo, e no
Brasil são poucas as ferrovias.
A cobrança de tarifa só será feita quando 10% das obras estiverem concluídas. O concessionário terá de concentrar os investimentos nos primeiros cinco anos, quando deverão ser concluídas as obras de duplicação, contornos, travessias, vias marginais, viadutos e pontes. Outra vantagem do modelo adotado pelo governo é que ele acaba com o monopólio das vias de transporte de carga. O programa garante o direito de passagem a qualquer transportador de cargas nas ferrovias. A Valec (empresa estatal de construção e exploração de transportes ferroviários) fará a oferta pública da capacidade de transportes de toda a malha ferroviária, acabando com a proibição de tráfego por empresas que não são proprietárias da estrada de ferro.
É necessário uma interligação entre
os meios de transportes no pais,
para reduzirem os custos.
Podemos agora integrar por via férrea, por exemplo, Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, a cidade com a maior produtividade de soja do mundo, até os principais portos do País. Ou integrar Santarém, no Pará, aos centros de produção agrícola. Podemos criar um ferroanel em torno de São Paulo. Fazer a integração intermodal de toda estrutura. As concessões rodoviárias serão dadas à empresa que oferecer a tarifa de pedágio mais barata. Portanto, diferente do modelo privatista, teremos neste programa a garantia de que as ferrovias serão de uso público e de que as tarifas de pedágio terão preços justos. E, mais importante, continuarão fazendo parte do patrimônio nacional.
O governo jura de pé junto que não
são privatizações, são apenas concessões.
“Nas próximas semanas apresentaremos as ações para desenvolver nossos aeroportos e portos e apresentaremos a interação de toda a logística de transporte nacional”, disse a presidenta Dilma Rousseff, demonstrando a preocupação do governo federal com a inteligência logística na integração de produção, rodovias, ferrovias, portos e aeroportos.Pela primeira vez no país se apresenta um estudo compatível com as necessidades dos setores produtivos em que serão integradas rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. Demos um grande salto para modernização da infraestrutura nacional, principal gargalo para o desenvolvimento do Brasil, que já é a 6ª economia mundial.
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