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segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

O HOMEM ERRADO.

O Homem Errado é o que mais representa o seu medo da polícia. Esse pavor começou quando o diretor tinha apenas cinco anos: depois de ter feito alguma travessura, o seu pai o mandou para o delegado com um bilhete, pedindo que o homem prendesse seu filho por cinco minutos. A experiência durou pouco, mas foi o bastante para traumatizar o menino por toda a vida. O resultado pode ser visto em quase todos os seus filmes: a polícia, além de ser ineficiente, está sempre do lado errado, perseguindo o protagonista inocente. O que difere essas outras obras de O Homem Errado é a ênfase que Hitchcock dá aos danos que essa força pode causar ao homem comum. 
Um homem normal, que de uma hora
 para outra tem sua vida revirada.
No resto de sua filmografia, os policiais quase nunca são levados a sério, ganhando até mesmo ares cômicos de vez em quando, já que nunca conseguem se apoderar do personagem principal (pelo menos por um longo período de tempo). Nesta produção, não há espaço para humor: a polícia não só prende Manny como arruína sua vida. Percebe-se que até o modo como Hitch filma a polícia é diferente: são filmados de maneira muito próximas, mas não como pessoas, e sim como meros instrumentos (ora ele só mostra seus pés e mãos, ora seus rostos de perfil, impassíveis como estátuas) ou seres insensíveis ao sofrimento do protagonista e da plateia, que toma as dores do músico. 
Estar em uma situação dessas, faz
 a cabeça viajar em pensamentos.
Assim, a antipatia de Hitchcock pela polícia vai aos poucos contagiando os espectadores. O típico humor hitchcockiano não está presente aqui porque o Mestre se esforçou para se manter fiel à história o máximo possível. Ele próprio admitiu que morreu de medo de se afastar da narrativa original, o que deve tê-lo impedido de inserir seus toques mais costumeiros, como as sequências cômicas. Se levarmos em conta o caráter verídico de O Homem Errado, percebemos que ficariam muito deslocadas cenas de humor: quem é que acharia graça de qualquer coisa sabendo que, em algum lugar e alguma hora, um homem realmente passou pelos sofrimentados apresentados na tela?
Um musico que se ve em uma situação
 muito constrangedora e cruel.
Dito isso, podemos passar para a construção primorosa do suspense deste filme. O filme começa leve e banal, com Fonda se apresentando no clube, lendo o jornal na volta para a casa, conversando com sua mulher e filhos… Essas cenas aparentemente inúteis, na verdade, tem dupla importância: elas contrastam com os fatos ainda por vir (é a volta da história do cidadão simples que é obrigado a sair da rotina e viver algum tipo de jornada, temática cara à obra de Hitchcoch) e, principalmente, permitem que nos identifiquemos com Manny. Ele é um homem direito, vive uma vida sem qualquer agitação, totalmente preenchida pelo trabalho e amor à família. Sabemos, de antemão, que ele nunca poderia ter feito nada fora da lei. É por causa dessa boa apresentação na calmaria, que torcemos tanto para Manny provar a sua inocência na tempestade.
Uma historia que pode muito bem se
 encaixar na vida de qualquer pessoa normal.
Como pode ser desconfortável passar por
 uma situação dessas, mesmo atraves da ficção.
A grande tematica dessa historia urbana, é o fato da grande comoção causada aos telespectadores, que praticamente se colocam no lugar do personagem Manny Balestero (Henry Fonda), devido a sua grande peculariedade com a maioria das pessoas, fazendo com que fiquem do lado do acusado, e contra a policia, em uma relação absolutamente possivel a qualquer cidadão. E devido a isso causa uma estrema sensação de frustração a todos quando a policia então, resolve coloca-lo atras das grades pura e simplesmente. Logicamente em qualquer caso de crime, alguem deve ser responsabilizado, mas quando tudo leva a crer que esta havendo um grande engano, e uma injustiça esta sendo feita, para a policia essa possibilidade é muito pequena ao ponto de pura e simplesmente, não acreditar nele, e deixa-lo em uma situação incomoda, pois tambem a policia tem a obrigação moral de descobrir e prender o culpado, mesmo que em certas ocasiões não se tenha 100% de certeza sobre a sua culpa, mas é preciso dar uma resposta a sociedade... E essa resposta pode ser o homem errado.
Fonte Fan Apart.

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