O Brasil vive um momento delicado. Incapaz de dar equilíbrio ao esgarçado tecido social, submetido ao calvário diário de sistemas pouco eficientes em áreas estratégicas como saúde e educação, o País caminha a passos largos e perigosos para o risco de uma convulsão. O despertar do “gigante adormecido” no ano passado, em alusão às manifestações espontâneas que sacudiram o cidadão, mas depois contaminadas pelo vandalismo inconsequente e destrutivo, foi o estopim desse cenário inquietante.
As "verdadeiras pesquisas" de boca
boca acusam uma outra situação
bastante preocupante para o
governo, sobre a reeleição de Dilma.
Sem duvida esses gastos bilionários
com o mundial, foi a gota d água
para tudo isso acontecer.
Não há, até que se prove o contrário, uma orquestração única e organizada para o recrudescimento dos protestos. Ontem, por exemplo, eles voltaram com força em várias cidades, incluindo São Paulo, a maior do Brasil. Campinas está na rota. A previsão é que os ativistas saiam às ruas amanhã pela manhã. É justamente esse difuso interesse que dá ao momento político brasileiro um caráter sombrio e preocupante. Em que pese o grande alvo ser a Copa do Mundo, com todos os argumentos que ela gerou a partir do discurso absorvido pelas massas de desperdício de dinheiro público, falta de soberania junto à Fifa e esquecimento das causas sociais brasileiras, há uma série de motivações que embalam o momento.
Os governantes subestimaram
demasiadamente a inteligencia e
a paciência do povo brasileiro!
Greve de onibus parou a
cidade de São Paulo hoje, as
vésperas do inicio da copa do mundo.
Reivindicações de várias categorias estão colocadas à mesa no mesmo pacote de insatisfação. Policiais em greve em Recife, rodoviários insatisfeitos no Rio, metalúrgicos em protesto contra a política econômica e sem-teto pedindo mais moradia, ambos em São Paulo, são exemplos de inserção no movimento anti Copa, ampliando o caldo de intolerância e referendando o objetivo central dos atos populares: politizar o Mundial, levando a mensagem de repúdio para o resto do mundo. Difícil saber a parada final desse trem desgovernado. O governo de Dilma Rousseff (PT), cambaleante na política econômica e tingido pela corrupção de expoentes do partido e ex-integrantes da era Lula, não demonstra ter força para aplacar a chama da insatisfação.
O governo foi cercado pela
sua propria hipocrisia!
sua propria hipocrisia!
Mas uma vez a população
sofre na pele por uma greve
na maior cidade do pais!
O uso da Força de Segurança Nacional parece ser a única saída para tentar garantir a ordem pública, o que sugere momentos de sobressalto para a população, aquela que economizou o seu suado dinheiro para ver pelo menos um dos jogos do Mundial em seu país ou aquela que simplesmente estará nos seus deslocamentos rotineiros, sobretudo nas metrópoles. O cenário que se avizinha é perturbador. Pedir para os ativistas bom-senso é atitude de inocência. Ainda que não seja possível estabelecer diálogo com anarquistas, faltou um pacto nacional, prometido após as manifestações de 2013, para dar a esse ano estratégico um sentido de governabilidade e tranquilidade. Agora pode ser tarde demais.
Fonte Correio Popular.
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