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quinta-feira, 20 de maio de 2021

CAOS MEXICANO!

A tensão e o silêncio são intensificados pelo ruído cada vez mais insistente e próximo dos helicópteros militares que sobrevoam o morro de Tancítaro, a poucos quilômetros de Uruapan, no vale dos Reyes. Em Pareo, uma pequena comunidade perto de Tancítaro, vários caminhões do Exército mexicano estão saindo do povoado. Uma caminhonete, com os símbolos de um grupo de autodefesa comunitária, está jogada ao lado da rodovia, com os pneus e a parte dianteira explodidos, atacados por granadas e metralhadoras. Os furos de bala nas portas e janelas são numerosos.
A população  não sabe para onde correr!
Um policial comunitário usando camiseta branca carrega uma escopeta e uma pistola e indica uma pequena plantação de abacate de um lado da rodovia. “Aí estão os mortos. Os Templários nos atacaram, filhos da mãe. Aí estão, jogados. Ânimo, jornalistas!”. De fato, ali estão dois corpos jogados entre os abacateiros. Alguns moradores retiram deles armas, cartuchos e jalecos para poderem reutilizá-los. Continua o ruído dos helicópteros, que não deixam de voar sobre essa pequena comunidade remota.
Jovem morto por uma das facções
 que dominam o pais do Mexico.
Entrar no povoado de Pareo é impactante. Centenas de policiais comunitários, “os brancos”, pela cor de suas camisetas, circulam armados até os dentes, sorridentes, alegres. Na pequena praça, as pessoas do povoado se reúnem e escutam as palavras do homem-símbolo das autodefesas, doutor José Manuel Mireles, o líder carismático que conseguiu se tornar porta-voz e um dos coordenadores-gerais do conselho das autodefesas de seu município, Tepalcatepec, desde o levante armado da cidade.
Grupos comunitários de segurança publica estão aumentado no Mexico, devido a ausencia do governo que não consegue combater a violencia no pais.
Alto, bigodudo, chapéu negro, rádio pendurada na camiseta e microfone na mão, ele explica às pessoas de Pareo que não precisam ter medo, que os Templários não vão voltar, que a autodefesa vai continuar ali. Nessa fase, um grupo de autodefesa precisa se formar aqui, construir barricadas, resistir aos ataques do crime organizado. Os habitantes de Pareo estão contentes, mas, ao mesmo tempo, espantados. Não querem pedir a palavra em público pelo medo dos possíveis falcões (dedos-duros) presentes. Sabem do que são capazes os Cavaleiros Templários e temem sua vingança.

O cartel foi formado após uma divisão no grupo La Familia, outro grupo criminoso que opera em Michoacán e com o qual travam uma guerra desde a morte em dezembro de 2010 de um dos fundadores desta organização, Nazario Moreno.“Mas também estávamos fartos”, grita uma senhora. “Não aguentávamos mais esses delinquentes”. Sua filha está gravando o discurso de Mireles com um tablet, e, enquanto isso, chora e sorri. “Choro de felicidade”, me diz, “porque não acreditava que poderíamos nos libertar desses mafiosos. Não posso deixar de chorar”.
A população sofre com 
altíssimos
 indices de criminalidade,
 enquanto 
o crime 
organizado desfila com
 armas
 feitas de ouro maciço!
Enquanto os caminhões do Exército deixam o povoado, María, a senhora, explica como, durante a manhã, os soldados tinham desarmando os comunitários. “Supúnhamos que iriam nos ajudar, mas, quando chegamos, os soldados começaram a tirar as armas dos policiais comunitários. Então nós, mulheres, começamos a gritar que não era justo, que iríamos ser mortos pelos Templários, e as recuperamos. E fizemos o correto, porque esses cachorros nos emboscaram, lançaram granadas contra nós. Agora esses militares vão embora. Melhor assim.”A ofensiva das autodefesas é percebida em muitos lugares, como em Pareo, como uma verdadeira libertação. A população, esmagada durante anos pelo crime organizado, vê nessa polícia cidadã uma revanche por muito tempo inesperada e uma possibilidade de voltar a ter uma vida normal.
Desarmamento no Mexico foi igual 
ao do Brasil, apenas a população 
foi desarmada e abandonada!
Muito triste o que esta ocorrendo no Mexico,  onde o crime organizado esta deitando e rolando, sem  leis e nem muito menos justiça para interceder em favor da população sofrida, la como aqui no Brasil, houve o tal do desarmamento, onde o governo mexicano como fez o governo brasileiro, retirou as armas da população,   mas no entanto não prendeu não desarmou os marginais, e nem muito menos deu a proteção devida ao cidadão de bem, deixando-o jogado as traças. La a coisa esta tão feia que, a  propria população estão criando grupos para enfrentarem os criminosos, mas que são considerados ilegais pelo governo que vai em cima e prende os justiceiros. Ate que ponto podemos chegar em uma situação dessas, se correr o bicho pega se ficar o bicho come, e onde o Estado de direito não atua, o crime organizado deita e rola.
Fonte El Regional Mexico.

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