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sábado, 31 de dezembro de 2011

RELÂMPAGOS GLOBULARES

Relâmpagos globulares, ou raios-bola (ball lightning), são esferas luminosas que aparecem geralmente durante tempestades, possuem comportamento imprevisto e desafiam o conhecimento estabelecido há muitos anos. Até as últimas décadas do século XX, eles eram considerados uma ilusão de ótica, fraude, ou erros de interpretação das testemunhas. 
Círculos brilhantes, se desprendem 
das nuvens carregadas eletricamente.
O crescente número de relatos, contudo, mobilizou considerável volume de recursos e pessoas dispostas a tratá-los com seriedade. Como é natural, a dificuldade em obter explicações consistentes dentro do paradigma mantém viva a resistência em admitir sua efetividade, de modo que a realidade concreta de muitos dos eventos continua sendo motivo de questionamento na comunidade científica.
Uma esfera com muita energia concentrada e ativa.
Curiosamente, apesar dos relâmpagos globulares estarem longe de ser um consenso no debate científico, eles são amplamente invocados pelos céticos para explicar o avistamento de O.V.N.I.s e outras ocorrências anômalas de forma, para alguns, supostamente indiscutível. Sendo assim, é essencial entendermos o que pode ser um relâmpago globular e o que se sabe hoje sobre o assunto, para avaliarmos até onde vai seu poder explicativo.
O professor e fisico Georg Richmann, 
de Sant Petesburgh, tentou capturar uma 
dessas bolas, e morreu eletrocutado 
em 06 de Agosto de 1753.
Evidências de que relâmpagos globulares são fenômenos reais ocorrem há muito tempo. Em 1753, o professor Georg Richmann, de São Petersburgo, criou um aparelho com uma pipa voadora, semelhante ao desenvolvido por Benjamin Franklin. Enquanto fazia uma experiência, durante uma tempestade, uma esfera brilhante desceu pela corda, o atingiu e o matou. O cientista ficou com uma marca vermelha na testa, seus sapatos esguiçaram e sua roupa chamuscou. O aparelho foi danificado, a ombreira da sala dividida e a porta arrancada das dobradiças. Talvez devido ao incidente, recomendar às crianças que não empinem pipas durante tempestades é hábito que temos até os dias de hoje.
Cientistas  brasileiros conseguiram
 reproduzir esse fenômeno em laboratório 
com uma duração de oito segundos.
Em 1809, um jornal inglês relatou que, também durante uma tempestade, três esferas de fogo atacaram o navio HMS Warren Hastings. A tripulação viu uma delas descer, matando um homem no convés e queimando o mastro principal. Um tripulante saiu para recuperar o corpo caído e foi atingido por uma outra, que bateu nas suas costas e deixou-o com queimaduras leves. Um terceiro homem foi morto por uma outra esfera. A triupulação relatou um cheiro persistente e repugnante de enxofre após o ocorrido (o enxofre cheira como ovo chôco, podre). O Czar Nicolau II, último imperador da Rússia, contou para as filhas que, quando criança, viu uma esfera de luz durante uma tempestade, em companhia de seu avô, o Czar Alexandre II. Durante uma forte tempestade, após um enorme trovão, uma esfera de luz entrou pela porta, girou pelo chão, voou para um lustre e em seguida saiu da pequena igreja onde eles se encontravam.
Ilustração relativa aos fenômenos 
dos relampagos globulares.
Teoricamente esses relâmpagos globulares se parecem muito com as faíscas dos eletrodos das maquinas de solda, mas sua concentração física é totalmente diferente, pois as faíscas são produzidas por resíduos de material metálico em alta temperatura, enquanto os relâmpagos globulares são formados por plasma e gas ionizado(supôem-se os cientistas). Na amostra, 88% dos casos ocorreram antes, durante ou depois de chuva ou tempestades. Desses, dois ocorrem em situações em que se emula artificialmente o ambiente de uma tempestade elétrica. Todos os casos relatam um corpo luminoso, sendo que em 95% é descrita a forma esférica. Dos que oferecem informação sobre o diâmetro do corpo, 44% relatam até 20 centímetros,  79% até 30 centímetros e 94% até um metro.
Apesar de mortais, os relâmpagos 
globulares são fenômenos raríssimos, com pouquíssimas ocorrencias registradas.
 As excessões, com mais de um metro, dos casos que oferecem informação sobre a duração do fenômeno, 30% afirmam até 5 segundos; 65% até 20 segundos; e 78% até um minuto. Apenas cinco casos declaram duração superior a um minuto, mais de 74% das observações dos relâmpagos globulares ocorrem em ruas urbanizadas ou dentro de edificações. Há casos significativamente mais intrigantes, onde os relâmpagos globulares atravessam janelas fechadas sem danificá-las ou deixam um buraco perfeitamente circular no lugar onde passaram.

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