Um prédio de 24 andares desabou durante um incêndio de grandes proporções no Largo do Paissandu, no centro de São Paulo, na madrugada des terça-feira (03/05). Um edifício vizinho também pegou fogo, mas não corre risco de colapso. Mais de 100 homens de várias unidades do Corpo de Bombeiros estiveram no local em busca de vítimas nos escombros no início da manhã. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, o incêndio teria começado por volta de 1h30. O desabamento ocorreu por volta da 3h, em consequência das chamas. As causas do incêndio ainda são ignoradas, mas as informações iniciais são de que o fogo começou no 5º andar do prédio.
O incêndio tomou conta de todo o edifício
e em pouco tempo destruiu tudo.
Acúmulos de objetos e materiais
inflamáveis propagaram
o fogo em grande escala.
Alguns edifícios próximos foram evacuados e toda área está isolada. As informações da Defesa Civil são de que o prédio que desabou era ocupado por várias famílias de pessoas em situação de rua. Segundo comerciantes do entorno, antes de a construção ruir, algumas pessoas pediam socorro no último andar. As chamas começaram no quinto andar, se alastrando rapidamente para os níveis superiores. Ao todo, 160 militares atuam no combate ao incêndio e no resgate das vítimas. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o prédio já havia passado por vistoria, na qual foram relatadas as péssimas condições do local às autoridades do município.
Os bombeiros tiveram muito trabalho
para o isolamento e controle das
chamas que chegaram próximas
dos 700 graus de calor.
Segundo apurado, tudo começou no
quinto andar com um curto circuito
em uma instalação de energia
elétrica clandestina.
De acordo com a corporação,os compartimentos entre os andares eram divididos por madeira, o que ajudou a propagar as chamas. Ainda não há confirmação de mortos ou feridos (9 mortos confirmados). A Defesa Civil Estadual esteve no local e realizou cadastramento de todas as famílias que poderiam estar no prédio no momento do incêndio. Um edifício vizinho também foi atingido e as chamas se espalharam por dois andares. Ele foi esvaziado e interditado. Segundo o Corpo de Bombeiros, o risco de colapso é mínimo e não há vítimas deste incêndio. Restos mortais encontrados pelo Corpo de Bombeiros nos escombros do edifício na última quarta-feira (03/05) pertenciam a Francisco Lemos Dantas, de 56 anos, que vivia há um mês no oitavo andar do prédio.
Em algumas horas aquilo que foi
um grande edifício, se tornou
apenas um monte de cinzas.
Um morador chamado Ricardo fugiu do
fogo e ficou dependurado no cabo do
para raios do prédio que desabou,
e por muito pouco não foi salvo
pelos bombeiros.
E aos gêmeos Wendel e Werner da Silva Saldanha, de 10 anos, segundo exames feitos no Instituto Médico Legal (IML). Segundo o capitão Marcos Palumbo, os restos mortais foram encontrados no 1º subsolo do prédio. "Os ossos estavam bastante afetados pelo colapso da estrutura, a pessoa ou pessoas, provavelmente não teviram possibilidades de defesa", Também havia sido confirmada a morte de Ricardo Pinheiro, o Tatuagem, cujo corpo foi encontrado na última sexta-feira. Ele quase foi resgatado pelos socorristas antes do desabamento. Na última segunda-feira, a Polícia Civil confirmou a inclusão do advogado Alexandre de Menezes, de 40 anos, na lista dos desaparecidos.
O fogo ainda ficou infiltrado nos
entulhos que restaram do edifício,
e sempre surgiam novos focos.
Os bombeiros trabalharam por horas
ininterruptas tentando resgatar algum
sobrevivente, mas as condições
para isso eram impossíveis.
Tristeza das pessoas que moravam
no edifício, e que perderam o
pouco que possuíam, e agora
estão morando na rua.
Ele seria um dos moradores do edifício, segundo sua família. Com isso, o número de pessoas ainda buscadas pelos bombeiros nos escombros do edifício subiu para cinco (9 mortos confirmados ate agora). Segundo o tenente Guilherme Derrite, a busca por vítimas deve durar por pelo menos mais 10 dias. "É difícil determinar, porque sempre que encontramos indícios de corpos, paramos o trabalho (de remoção dos escombros) com o maquinário naquele ponto e nos restringimos ao trabalho manual. Por isso, pode durar mais de 10 dias ou menos", O edifício Wilton Paes de Almeida foi inaugurado em 1968 e estava abandonado havia 17 anos. No passado, foi sede da Polícia Federal e abrigou uma agência do INSS. De lá para cá, foi ocupado irregularmente diversas vezes, atualmente, os moradores pagavam em torno de R$ 200 mensais por um cômodo em algum dos andares. A ocupação estava a cargo do Movimento Luta por Moradia Digna (LMD). afirmou.
Fonte BBC.
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