Em primeiro lugar, definamos o que é um puxa-saco. Segundo o "Pai dos Burros", puxa-saco é aquele que adula outrem em demasia. Do ponto de vista organizacional, pode-se afirmar que é aquela pessoa que vive elogiando o seu superior sob qualquer circunstância, ainda que esse o humilhe ou o trate mal. O que importa para o puxa-saco não é "esculhambação" sofrida pelo chefe, mas a certeza que a bajulação excessiva fará com que tire algum proveito pra si, seja uma gorjetinha ou mesmo a garantia no "empreguinho".
O que seria do sapato do chefe, senão
existissem os puxa-sacos da vida
Dessa forma, o puxa-saco organizacional, por assim dizer, seria uma pessoa medíocre e provavelmente incompetente para subir na empresa através dos seus próprios méritos, necessitando, então, de usar certos artifícios como: "olha, chefe, vou dá uma saidinha, e se o senhor espirrar enquanto eu estiver fora, desde já lhe desejo saúde!".
O puxa-saco, não tem á minima
vergonha de se expor ao
ridículo para agradar o chefe.
Um outro traço característico de um autêntico puxa-saco é falta de vergonha em ser reconhecido como tal. Ou seja, não importa o que os outros falem, o importante é o que o "chefinho" esteja satisfeito com as babações diárias.Acontece, porém, que é perfeitamente possível construir-se uma relação de confiança e saudável com um superior hierárquico, e até mesmo como o presidente de uma organização, se for o caso, sem, necessariamente, passar pelo constrangimento de ser identificado como um "babão".
Ele gosta de ser humilhado
e esculaxado, mas não quer
perder á preciosa boquinha.
Sabemos que as relações interpessoais se dão de várias formas. Uma delas é aquela onde uma determinada pessoa investe na sua capacidade de se relacionar com os colegas de trabalho, de tal forma, que essa relação se torna num importante diferencial que a ajudará subir de cargo na organização.Ora, se eu consigo me relacionar de forma amigável, ética e profissional com os demais colaboradores da empresa, com certeza não demorará muito para que essa minha habilidade seja notada pelos gerentes ou diretores.
Para essa gente desprovida de caráter,
é Deus na terra e o chefe no céu!
Todavia, somente uma boa relação interpessoal não é suficiente para crescermos profissionalmente e chegarmos a um cargo de nível gerencial na organização. É fundamental que, à capacidade de se relacionar com as pessoas, esteja presente a competência técnica do colaborador. Uma outra questão importante é aproveitar com sabedoria as oportunidades que, embora raras, costumam aparecer. Quer dizer, se houver uma chance onde você possa mostrar os seus serviços ao seu chefe ou aos diretores da empresa, não deixe de fazer bonito, além de se aproximar dos mesmos com o objetivo de ganhar a confiança e simpatia dos mesmos.Saber aproveitar as oportunidades que aparecem, não tem nada a ver com oportunismo ou "puxa-saquismo". Tem a ver, sim, com demonstração de habilidade profissional, com boa formação, boa comunicação e liderança. Tem a ver, enfim, com o entendimento sábio de que não conseguimos nada na vida de forma isolada e que, vez e outra, precisamos de uma mãozinha de alguém aqui na terra.
Esse é um mal universal, um parasita social
que aumenta de produção á cada dia.
Contudo, cabe à área de RH criar mecanismos que possam inibir um determinado colaborador usar da bajulação um meio de garantir um bom cargo na estrutura da organização. Implantação de Planos de Cargos e Carreiras que reforcem o princípio da "meritocracia", onde cada colaborador consegue ascender na hierarquia organizacional segundo os seus próprios méritos é uma excelente forma de evitar que alguém seja premiado por pura habilidade em puxar-saco.
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