27/12/09 - 23h05 - Atualizado em 28/12/09 - 00h23
Grampos telefônicos
flagram presos no RJ
aplicando golpes do
falso sequestro
Investigação foi feita pela polícia
e pelo MP de São Paulo.
Em três meses, foram registradas
Em três meses, foram registradas
60 mil ligações no presídio.
Uma investigação feita
pela polícia e pelo Ministério
pela polícia e pelo Ministério
Público de São Paulo flagrou o uso
de celulares por
de celulares por
detentos em um presídio do Rio de
Janeiro para
Janeiro para
aplicar o golpe conhecido como falso
sequestro,
sequestro,
quando o criminoso exige dinheiro
para libertar um
para libertar um
parente da vítima. Segundo o
delegado que atua no
delegado que atua no
caso, Wilson Negrão, os celulares
são usados
são usados
também para outros crimes.
"O celular na mão
do preso não serve só
para esse tipo de
do preso não serve só
para esse tipo de
golpe e sim para o
cometimento de outros crimes,
como tráfico de drogas
como tráfico de drogas
e sequestros", diz o delegado.
O trabalho começou
após centenas de denúncias
de vítimas do golpe.
Grampeando os telefones,
os investigadores registraram
uma conversa entre um
O trabalho começou
após centenas de denúncias
de vítimas do golpe.
Grampeando os telefones,
os investigadores registraram
uma conversa entre um
preso e sua namorada.
Assim foi descoberto que
os telefonemas partiam
do presídio Evaristo de Moraes,
Assim foi descoberto que
os telefonemas partiam
do presídio Evaristo de Moraes,
no Rio de Janeiro,
conhecido como Galpão da Quinta.
conhecido como Galpão da Quinta.
O Ministério Público
do Rio de Janeiro teve acesso
a gravações do Sistema de
Segurança do presídio.
Segurança do presídio.
Segundo a promotoria, a
qualidade das imagens não
qualidade das imagens não
é boa, o que facilita o uso
dos celulares, principalmente
dos celulares, principalmente
à noite. É nesse horário que
os presos mais usam os
aparelhos.
A investigação da polícia
mostra que os presos
transformaram
os presos mais usam os
aparelhos.
A investigação da polícia
mostra que os presos
transformaram
o Galpão da Quinta em uma
extensão da casa deles. O
celular
extensão da casa deles. O
celular
ajuda a resolver problemas
familiares e funciona até
como disque-
familiares e funciona até
como disque-
sexo. O uso mais comum,
no entanto, é para aplicar
o golpe do falso sequestro.
Os detentos chegam
a simular vozes de
mulheres e crianças.
no entanto, é para aplicar
o golpe do falso sequestro.
Os detentos chegam
a simular vozes de
mulheres e crianças.
Vítimas
Na maioria das
vezes, os presos exigem
dinheiro para
vezes, os presos exigem
dinheiro para
recarregar os celulares usados
no Galpão da Quinta. Em um
no Galpão da Quinta. Em um
dos casos, uma mulher não
desconfia de nada e
quase passa mal.
desconfia de nada e
quase passa mal.
Há dois anos, dona
Rosalina recebeu
uma ligação semelhante.
A senhora, de 70 anos,
morava em Americana, interior
de paulista,
morava em Americana, interior
de paulista,
e tomava remédio para pressão.
Não suportou o
susto e acabou
morrendo.
Em Sorocaba, Domingos
Lourenço, de 62
anos, também foi vítima
Não suportou o
susto e acabou
morrendo.
Em Sorocaba, Domingos
Lourenço, de 62
anos, também foi vítima
dos presos. "Diziam que tinha
sequestrado minha irmã e
colocaram uma moça para
chorar igualzinho a ela",
conta o filho de Domingos,
sequestrado minha irmã e
colocaram uma moça para
chorar igualzinho a ela",
conta o filho de Domingos,
Eliseu Lourenço.
A família conta que, quando
Domingos iria entregar o
dinheiro, a filha apareceu
em casa. Só naquele
momento ele descobriu
a farsa. "Ele pediu para
ser levado para o hospital
porque estava sofrendo um infarto",
A família conta que, quando
Domingos iria entregar o
dinheiro, a filha apareceu
em casa. Só naquele
momento ele descobriu
a farsa. "Ele pediu para
ser levado para o hospital
porque estava sofrendo um infarto",
conta Eliseu. Domingos
morreu dois dias
antes de se mudar
para a
morreu dois dias
antes de se mudar
para a
casa nova. Ele era
vendedor de queijos e doces.
vendedor de queijos e doces.
De acordo com as investigações,
o telefonema que Domingos
recebeu partiu do presídio
carioca Galpão
da Quinta. O preso foi
identificado e
identificado e
indiciado por homicídio.
A Secretaria de Administração
Penitenciária do Rio de Janeiro
preferiu
A Secretaria de Administração
Penitenciária do Rio de Janeiro
preferiu
não gravar entrevista. Para
o promotor que coordena o
combate ao
o promotor que coordena o
combate ao
crime organizado em São Paulo,
José Reinaldo Carneiro, a pena
para quem deixa entrar celular
nas cadeias e também para
quem usa o aparelho nos
presídios deveria
José Reinaldo Carneiro, a pena
para quem deixa entrar celular
nas cadeias e também para
quem usa o aparelho nos
presídios deveria
ser bem mais rigorosa.
"Nós precisamos ter uma
legislação mais forte que
faça com que o
"Nós precisamos ter uma
legislação mais forte que
faça com que o
criminoso tenha medo de
cometer o crime. Não
como aqui está hoje.
cometer o crime. Não
como aqui está hoje.
A entrada do celular no
presídio dá pena máxima
de um ano. Isso é
presídio dá pena máxima
de um ano. Isso é
absurdo", diz o promotor.
De dentro da cadeia,
presos fazem 60 mil
ligações de celular
em seis meses
Tem golpe do sequestro,
conversas íntimas e é
nesta época do ano em
que os presos mais usam o
Um presídio que virou
escritório do crime.
Nessa cadeia, usa
celular quem quer.
Foram mais de 60 mil
ligações em 6 meses.
Tem golpe do seqüestro,
conversas íntimas
e é nesta época do ano
em que os presos
fazem mais ligações.
Segundo informações
prestadas à CPI da
Câmara dos Deputados
que investiga o tráfico
de armas, em 27 das
134 unidades prisionais
da capital paulista, os
detentos dispõem de
1.200 telefones celulares,
que são usados para
planejar crimes do lado
de fora e garantir o
poder das organizações
criminosas.
prestadas à CPI da
Câmara dos Deputados
que investiga o tráfico
de armas, em 27 das
134 unidades prisionais
da capital paulista, os
detentos dispõem de
1.200 telefones celulares,
que são usados para
planejar crimes do lado
de fora e garantir o
poder das organizações
criminosas.
A afirmação foi feita
pelo delegado Ruy
Ferraz Fontes, do Deic
— Departamento de
Investigações sobre
o Crime Organizado.
A maioria dos celulares
entra escondida nos
presídios e 90% das
ligações são feitas
para cometer crimes.
O delegado afirmou,
ainda, que os
bloqueadores de
celulares são inúteis.
Segundo ele, os
presos inventaram
uma antena que,
com um cabo de
vassoura, fura o
bloqueio. O delegado
acusou as empresas
de celular de não
colaborar na
interceptação
das ligações.
pelo delegado Ruy
Ferraz Fontes, do Deic
— Departamento de
Investigações sobre
o Crime Organizado.
A maioria dos celulares
entra escondida nos
presídios e 90% das
ligações são feitas
para cometer crimes.
O delegado afirmou,
ainda, que os
bloqueadores de
celulares são inúteis.
Segundo ele, os
presos inventaram
uma antena que,
com um cabo de
vassoura, fura o
bloqueio. O delegado
acusou as empresas
de celular de não
colaborar na
interceptação
das ligações.
Em novembro do ano
passado, a Secretaria
de Administração
Penitenciária paulista
anunciou a abertura
de uma concorrência
pública para a compra
de pelo menos 30
aparelhos de raio-x.
Os aparelhos iriam
auxiliar nas revistas
de visitas e detentos,
em diversas unidades
prisionais do estado.
Em uma conversa
pelo celular com um
bandido preso no Centro
de Detenção Provisória
(CDP) de São Bernardo do
Campo, o repórter
Agostinho Teixeira foi
"convidado" para participar
de um sequestro.
Valmir Valentim, diretor do
presídio, admite que hoje,
mesmo com a nova lei, é
impossível impedir a
entrada de celulares
dentro da cadeia.
Acesse o link abaixo,
e ouça o absurdo.
http://radiobandeirantes.com.br/notas.asp?ID=168571
passado, a Secretaria
de Administração
Penitenciária paulista
anunciou a abertura
de uma concorrência
pública para a compra
de pelo menos 30
aparelhos de raio-x.
Os aparelhos iriam
auxiliar nas revistas
de visitas e detentos,
em diversas unidades
prisionais do estado.
terça-feira, 25 de
agosto de 2009
Presos continuam
usando celulares
para comandar
assaltos e sequestros
Brasil Rádio
News - da redação.
News - da redação.
São Paulo, SP - A Rádio
Bandeirantes (AM 840 e
Bandeirantes (AM 840 e
FM 90,9), levou ao ar uma
reportagem que mostra
reportagem que mostra
que, vinte dias após ser
sancionada pelo presidente
sancionada pelo presidente
da República, a lei que torna
crime o uso de celular
crime o uso de celular
dentro dos presídios ainda
não saiu do papel.
Em São Paulo, de dentro
das celas, detentos
não saiu do papel.
Em São Paulo, de dentro
das celas, detentos
continuam comandando
assaltos e seqüestros,
assaltos e seqüestros,
Em uma conversa
pelo celular com um
bandido preso no Centro
de Detenção Provisória
(CDP) de São Bernardo do
Campo, o repórter
Agostinho Teixeira foi
"convidado" para participar
de um sequestro.
Valmir Valentim, diretor do
presídio, admite que hoje,
mesmo com a nova lei, é
impossível impedir a
entrada de celulares
dentro da cadeia.
Acesse o link abaixo,
e ouça o absurdo.
http://radiobandeirantes.com.br/notas.asp?ID=168571
polícia e pelo MP de São Paulo.
Em três meses, foram GILMAR PENTEADO
da Folha de S.Paulo
Sentado tranqüilamente,
de bermuda e sem
camisa, um homem segura
o telefone celular.
A cena, registrada em uma
fotografia por
outro celular com câmera
digital, poderia
parecer corriqueira se o local
não fosse uma
prisão e se esse homem
não fosse o chefe do
PCC (Primeiro Comando
da Capital), o detento
Marcos Willians Herbas
Camacho, o Marcola, 38.
A foto digital confirma
Em três meses, foram GILMAR PENTEADO
da Folha de S.Paulo
Sentado tranqüilamente,
de bermuda e sem
camisa, um homem segura
o telefone celular.
A cena, registrada em uma
fotografia por
outro celular com câmera
digital, poderia
parecer corriqueira se o local
não fosse uma
prisão e se esse homem
não fosse o chefe do
PCC (Primeiro Comando
da Capital), o detento
Marcos Willians Herbas
Camacho, o Marcola, 38.
A foto digital confirma
O marginal Marcola, chefe do PCC, é flagrado com celular na prisão |
A foto digital confirma o
que autoridades paulistas
já admitiam: o chefe da
facção criminosa que promoveu
uma megarrebelião em 29
presídios, em 2001, e atentados
contra policiais nos últimos anos
continuou usando o telefone
celular dentro dos presídios
administrados pelo governo
de Geraldo Alckmin (PSDB),
segundo um relatório enviado
à Justiça pela própria Secretaria
Estadual da Administração
Penitenciária. A imagem comprova
que as medidas anunciadas
pelo governo para impedir a
entrada de aparelhos nas
cadeias falharam.
O flagrante ocorreu em uma
cela da Penitenciária 1 de
Presidente Bernardes (589
km da capital paulista), onde
Marcola e outros líderes do
PCC permaneceram até o
final de janeiro deste ano.
O presídio tem regime
comum e não tem
bloqueador de celular.
Na foto, Marcola parece
nem ter se importado
com o flagrante, feito
pela câmera digital de
outro celular. A foto foi
feita por outro preso,
não-identificado.
A imagem foi descoberta
depois que dez aparelhos
foram apreendidos em
uma revista feita no
dia 10 de janeiro deste
ano, um dia depois de
a polícia conseguir
frustrar uma tentativa
de resgate em Presidente
Bernardes. Os alvos da
ação seriam Marcola
e outros integrantes
da cúpula do PCC,
segundo uma investigação
policial. Depois da ação,
Marcola foi transferido
para Avaré, também
para um presídio de
regime comum.
Os aparelhos foram
encontrados em sete
celas e em um pavilhão.
Pelo menos dois líderes
do PCC estavam nessas
celas, entre eles o preso
José Carlos Rabelo,
o Pateta, segundo um
relatório da secretaria
com data do dia 23 de
maio, encaminhado à
Vara de Execuções
Penais de São Paulo.
A perícia, que inicialmente
procurava números
telefônicos que poderiam
esclarecer a tentativa
de resgate, acabou
encontrando fotografias
arquivadas na memória
de um dos dez celulares.
A secretaria usou as
fotos e outros cruzamentos
de ligações telefônicas
para pedir a transferência
de Marcola e outros
líderes para o RDD
(Regime Disciplinar
Diferenciado) --sistema
mais rigoroso aplicado
em três presídios paulistas
que prevê cela individual,
monitoramento por
câmeras 24h por dia e
que proíbe o acesso do
preso à TV e ao rádio.
Até agora, não houve
nenhuma apreensão de
celular nas cadeias
com RDD.
Dias antes, em 18 de
janeiro, a Justiça tinha
negado um pedido
cautelar (medida rápida
e provisória) de
transferência de Marcola
para o RDD. Na época,
no entanto, o Deic
(Departamento Estadual
de Investigações sobre
o Crime Organizado)
apresentou escutas
telefônicas, que o juiz
considerou indícios
frágeis demais.
O pedido da Secretaria
da Administração
Penitenciária ainda
está sendo analisado
pela Justiça. A decisão
deve sair em 30 dias.
Descontração
O flagrante de Marcola
é apenas uma das 23
fotos feitas por celular
que foram encaminhadas
à Justiça pela secretaria.
Essas imagens também
registram momentos
de descontração dos presos.
Além de trazer fotos
de filhos e namoradas
de detentos, o celular
com câmera também
captou imagens que
revelam que o aparelho
é comum entre os
líderes do PCC. Em
outra das fotos, onde
aparecem três presos
não-identificados,
dois deles portam celulares.
A entrada de celulares
nos presídios é um
problema que o
governo tenta impedir,
sem sucesso, desde a
megarrebelião de 2001.
O aparelho foi um
dos instrumentos
importantes para a
mobilização e o
contato entre os presídios.
O governo começou
a investir em bloqueadores
de celular, mas o
projeto foi abandonado
porque a tecnologia foi
considerada ineficiente.
Os presos conseguiam
fazer ligações mesmo
com o sistema de bloqueio.
Hoje, das 144 unidades
prisionais, seis têm bloqueador
de celular --entre elas o
CRP (Centro de Readaptação
Penitenciária) de Presidente
Bernardes, que adota o RDD,
considerada a prisão mais
segura do país. Depois disso,
a secretaria passou a investir
em aparelhos de raio-x. Hoje
, 73 unidades têm esse sistema.
Outro lado
A Secretaria da Administração
Penitenciária de São Paulo
afirmou ontem que não iria
se pronunciar sobre o pedido
de transferência de líderes
do PCC para o RDD (Regime
Disciplinar Diferenciado) nem
sobre as provas usadas para
justificar essa solicitação à Justiça.
Segundo a assessoria de
imprensa da pasta, o secretário
da Administração Penitenciária,
Nagashi Furukawa, não vai
falar sobre o pedido porque
o "caso está sub judice"
--sendo analisado pela Justiça.
Nota*
Esse nobre senhor ex- secretário,
fazem mais de dois anos
que foi destituído do cargo, mas
percebe-se que o mal dos
celulares nas cadeias persiste.
A decisão sobre a transferência
de líderes da facção criminosa
para o RDD deve ocorrer
em 30 dias.
A secretaria encaminhou um
relatório datado do dia 23 de
janeiro para a Vara de Execuções
Penais de São Paulo no qual
há fotos de presos com celulares
na mão --entre eles, o chefe
do PCC, Marcos Willians Herbas
Camacho, o Marcola.
Segundo a assessoria de
imprensa, Furukawa não
poderia falar sobre esse relatório,
que também foi encaminhado
à polícia paulista.
A reportagem não conseguiu
entrar em contato ontem
com a advogada de Marcola.
Foram deixados recados no
seu escritório e no seu celular,
mas ela não ligou de volta
para comentar o assunto
até a conclusão desta edição.
60 mil ligações no presídio.
Uma investigação feita pela
polícia e pelo Ministério
Público de São Paulo flagrou
o uso de celulares por
detentos em um presídio
do Rio de Janeiro para
aplicar o golpe conhecido
como falso sequestro, quando
o criminoso exige dinheiro
para libertar um parente
da vítima. Segundo o
delegado que atua no caso,
Wilson Negrão, os celulares
são usados também
para outros crimes.
polícia e pelo Ministério
Público de São Paulo flagrou
o uso de celulares por
detentos em um presídio
do Rio de Janeiro para
aplicar o golpe conhecido
como falso sequestro, quando
o criminoso exige dinheiro
para libertar um parente
da vítima. Segundo o
delegado que atua no caso,
Wilson Negrão, os celulares
são usados também
para outros crimes.
Grampos telefônicos flagram
presos no RJ aplicando
golpes do falso sequestro
Última atualização em Dom, 27 de Dezembro de 2009 20:49
Escrito por .Dom, 27 de Dezembro de 2009 20:49
Escrito por .Dom, 27 de Dezembro de 2009 20:49
O presídio tem
capacidade para
capacidade para
1,5 mil detentos e já foi alvo
de várias operações
de várias operações
da polícia para tentar
retirar os aparelhos
"O celular na mão do preso
não serve só para esse
tipo de golpe e sim para o
cometimento de outros crimes,
como tráfico de drogas e
sequestros", diz o delegado.
O trabalho começou após
centenas de denúncias de
vítimas do golpe. Grampeando
os telefones, os investigadores
registraram uma conversa
entre um preso e sua
namorada. Assim foi
descoberto que os telefonemas
partiam do presídio Evaristo
de Moraes, no Rio de Janeiro,
conhecido como
Galpão da Quinta.
O presídio tem capacidade
para 1,5 mil detentos e já
foi alvo de várias operações
da polícia para tentar
retirar os celulares das
celas. A quantidade de
telefonemas feitos pelos
presos impressiona: foram
60 mil em três meses. Isso
significa uma ligação a
cada dois minutos. Sem
dificuldade para se comunicar,
os presos transformaram
as celas em escritório
do crime.
O Ministério Público do
Rio de Janeiro teve acesso
a gravações do Sistema
de Segurança do presídio.
Segundo a promotoria,
a qualidade das imagens
não é boa, o que facilita
o uso dos celulares,
principalmente à noite.
É nesse horário que os
presos mais usam
os aparelhos.
A investigação da polícia
mostra que os presos
transformaram o Galpão
da Quinta em uma
extensão da casa deles.
O celular ajuda a resolver
problemas familiares
e funciona até como
disque-sexo. O uso mais
comum, no entanto,
é para aplicar o golpe
do falso sequestro.
Os detentos chegam
a simular vozes de
mulheres e crianças.
centenas de denúncias de
vítimas do golpe. Grampeando
os telefones, os investigadores
registraram uma conversa
entre um preso e sua
namorada. Assim foi
descoberto que os telefonemas
partiam do presídio Evaristo
de Moraes, no Rio de Janeiro,
conhecido como
Galpão da Quinta.
O presídio tem capacidade
para 1,5 mil detentos e já
foi alvo de várias operações
da polícia para tentar
retirar os celulares das
celas. A quantidade de
telefonemas feitos pelos
presos impressiona: foram
60 mil em três meses. Isso
significa uma ligação a
cada dois minutos. Sem
dificuldade para se comunicar,
os presos transformaram
as celas em escritório
do crime.
O Ministério Público do
Rio de Janeiro teve acesso
a gravações do Sistema
de Segurança do presídio.
Segundo a promotoria,
a qualidade das imagens
não é boa, o que facilita
o uso dos celulares,
principalmente à noite.
É nesse horário que os
presos mais usam
os aparelhos.
A investigação da polícia
mostra que os presos
transformaram o Galpão
da Quinta em uma
extensão da casa deles.
O celular ajuda a resolver
problemas familiares
e funciona até como
disque-sexo. O uso mais
comum, no entanto,
é para aplicar o golpe
do falso sequestro.
Os detentos chegam
a simular vozes de
mulheres e crianças.
Vítimas
Na maioria das vezes,
os presos exigem
dinheiro para recarregar
os celulares usados
no Galpão da Quinta.
Em muitos dos casos,
as vitimas não
desconfiam de nada
e chegam á passar mal.
os presos exigem
dinheiro para recarregar
os celulares usados
no Galpão da Quinta.
Em muitos dos casos,
as vitimas não
desconfiam de nada
e chegam á passar mal.
A Secretaria de Administração
Penitenciária do Rio de Janeiro
preferiu não gravar entrevista.
Para o promotor que coordena
o combate ao crime organizado
em São Paulo, José Reinaldo
Carneiro, a pena para quem
deixa entrar celular nas cadeias
e também para quem usa o
aparelho nos presídios deveria
ser bem mais rigorosa.
"Nós precisamos ter uma
legislação mais forte que
faça com que o criminoso
tenha medo de cometer o
crime. Não como aqui está
hoje. A entrada do celular
no presídio dá pena máxima
de um ano. Isso é absurdo",
diz o promotor.
Penitenciária do Rio de Janeiro
preferiu não gravar entrevista.
Para o promotor que coordena
o combate ao crime organizado
em São Paulo, José Reinaldo
Carneiro, a pena para quem
deixa entrar celular nas cadeias
e também para quem usa o
aparelho nos presídios deveria
ser bem mais rigorosa.
"Nós precisamos ter uma
legislação mais forte que
faça com que o criminoso
tenha medo de cometer o
crime. Não como aqui está
hoje. A entrada do celular
no presídio dá pena máxima
de um ano. Isso é absurdo",
diz o promotor.
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Acredita-se que a gangue paulista foi fundada, em 1993, na Casa de Custódia de Taubaté. » Entenda a onda de violência » Opine sobre os ataques O grupo é responsável pelas maiores rebeliões nas prisões paulistas nos últimos anos e está ligado ao tráfico de drogas, seqüestro e roubos de bancos, segundo a polícia. Acredita-se que a facção tem apoio de mais de 80% dos presos do Estado. O PCC tem um estatuto, que exige dos criminosos que passam a integrar a rede lealdade e pagamento de uma contribuição financeira, uma espécie de dízimo. O dinheiro arrecadado tem coordenação única e serve para contratar advogados, resgatar presos e dar apoio financeiro para novos crimes. Em 18 de fevereiro de 2001, o PCC coordenou 29 rebeliões simultâneas em São Paulo com um saldo de 30 mortos, a grande maioria alvo de disputas entre gangues rivais nas prisões. Em novembro de 2003, por mais de uma semana, o grupo foi responsável pelo ataque contra dezenas de delegacias com metralhadoras, bombas caseiras, escopetas e pistolas. No total, três agentes policiais foram mortos e 12 feridos. A polícia tenta atacar os meios de ligação entre os integrantes do PCC presos e os criminosos em liberdade. Em várias ocasiões, foram descobertas centrais telefônicas que permitem o ordenamento de mortes, inclusive de policiais, e roubos, além da coordenação do tráfico. O uso de celulares dentro da prisão, já flagrado inclusive por câmeras, é apontado por delegados como principal fator na comunicação entre penitenciárias e facção. |
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