Em um mundo cada vez mais moderno e escravo do materialismo abusivo e escancarado, como ser uma pessoa diferenciada, entre um mundo de variedades e diversidades, toda virtude moral, convida-nos para um passo definitivo em busca da liberdade auto-afirmativa, e como ser autosuficiente em um mundo hiper carregado de parafernálias domesticas, e de uma tecnologia de ponta na palma das mãos, em um conjunto de peculiaridades usuais, temos uma propensão de evitar-mos o equilíbrio entre o necessário e o supérfluo.
O verdadeiro paraíso esta em um coração batendo feliz.
O naturalismo em si convida-nos a dar-mos um passo para trás e reviver-mos novamente aquele mundo extremamente natural, sem nenhum tipo de abuso contra nossa vã-filosofia, mas agora quem se atreveria a dar um passo para trás e voltar ao passado para e simplesmente ter-mos uma vida mais comoda e simples, sem o artificialismo produtivo e social, seria o mesmo que estivéssemos em uma ilha deserta, munidos apenas de água e alimentos naturais, sem nenhum tipo de modernidade, quem se imaginaria hoje sem o seu inseparável aparelho de celular ou da internet?
Platão estava coberto de razão ao
afirmar nos vivemos em uma prisão.
Digamos que se voltasse-mos no passado na época dos nossos ancestrais que viviam em cavernas e corriam atras de seu alimento, com certeza essa vida seria frustante demais, mas teoricamente o que verdadeiramente o ser humano deseja pra si próprio? Em uma pequena analise de conciencia, posso afirmar por mim mesmo que nós seres humanos nunca nos contentamos com o que nós possuímos e sempre estamos a procura da felicidade plena, e quando a encontramos, nunca sabemos diferencia-la, e em muitos casos a desprezamos e a minimizamos ao máximo não dando-lhe os valores necessários.
Os homens das cavernas se ouvissem
o toque de um celular com certeza sairiam
correndo imaginando serem demônios!
O grande filosofo Sócrates em sua filosofia partia do princípio de que a felicidade não depende de nada externo à própria pessoa, ou seja, coisas materiais, reconhecimento alheio e mesmo a preocupação com a saúde, o sofrimento e a morte, nada disso pode trazer a felicidade. Segundo os Cínicos, é justamente a libertação de todas essas coisas que pode trazer a felicidade que, uma vez obtida, nunca mais poderia ser perdida. Aliado ao discurso, também o modo de vida do cínico deveria ser conforme as ideias defendidas. Para eles a virtude reside, sobretudo, na conduta moral do homem, naquilo que lhe é intrínseco, e não nas conquistas materiais, na aparência exterior, ao qual eu concordo plenamente.
A felicidade plena, é uma sequencia
infinita de fatores ao qual o sorriso
é o seu cartão de visitas.
Os cínicos, assim como Sócrates, nada de escrito deixaram. O que se sabe sobre eles foi narrado por outros, em geral críticos de suas ideias. O mais importante representante dessa corrente foi um discípulo de Antístenes chamado Diógenes. Ele vivia dentro de um barril e possuía apenas sua túnica, um cajado e um embornal de pão. Conta-se que um dia Alexandre Magno parou em frente ao filósofo e ofereceu-lhe, como uma prova do respeito que nutria por ele, a realização de um desejo, qualquer que fosse, caso tivesse algum. Diógenes respondeu: "Desejo apenas que te afastes do meu Sol". Essa resposta ilustra bem o pensamento cínico: Diógenes não desejava nada a mais do que tinha e estava feliz assim (apenas, no momento, gostaria que seu sol fosse desbloqueado).
Diógenes com toda sua sabedoria e imensa
autoridade, desprezou todas as riquezas
oferecidas pelo grande Alexandre Magno,
e apenas pediu para que ele não lhe
fizesse sombra.
O Sol também pode ser entendido como a Sabedoria ou a fonte do conhecimento. Platão usou a metáfora do sol em seu mito da caverna, significando a presença do Conhecimento e na verdade que ilumina. Assim, Diógenes, quando pede para Alexandre Magno não se interpor entre ele e o Sol, aponta para o fato de que o Filósofo não necessita de nenhum poder situado entre ele e o Conhecimento. Assim como a preocupação com o próprio sofrimento, a saúde, a morte e o sofrimento dos outros também era algo do qual os cínicos desejavam libertar-se. Por isso que a palavra cinismo adquiriu a conotação que tem hoje em dia, de indiferença e insensibilidade ao sentir e ao sofrer dos outros, e como ser autosuficiente em um mundo materialista? A sua auto-suficiência esta em sua filosofia de vida, em nunca engrandecer as grandes conquistas, mas valorizar as pequenas.
A sua maior conquista, é ter os pés no
chão e caminhar sem medo de se perder.
Eu sou um grande fã da filosofia em si e tenho como ilustres mestres os grandes filósofos do passado, Sócrates, (considerado o homem mais sábio da historia), Hipócrates (considerado o pai da medicina), Anaxímenes (ativo defensor do Materialismo Monista), Aristóteles (um viciado em sabedoria, entendia de tudo, um gênio acima do seu tempo) Platão (discípulo de Sócrates ele dizia : "O mundo em que vivemos, senão é uma prisão, de escura cela, em que nada mais podemos ver e ouvir, senão fracos esboços de belas imagens"), e também o filosofo que eu admiro muito, e autor de umas das frases mais inteligentes e de grande impacto que eu ja ouvi sobre "dificuldades" que eu ja ouvi, Arquimedes de Siracusa.
Alem dos bustos, os filósofos gregos,
nos deixaram uma infinidade de
exemplos sobre a verdadeira
existência humana equilibrada.
"Me deem uma alavanca e um ponto de
apoio e eu moverei o mundo", frase de
Arquimedes, uma das mais inteligentes
que eu ja ouvi ate hoje.
"Me deem uma alavanca e um ponto de apoio, que eu moverei o mundo", realmente uma frase que coloca fim em qualquer tipo de má vontade, e eternaliza a auto-afirmação, tornando possível qualquer ato, desde que logicamente haja interesse em realiza-lo, enfim o que esses gênios da filosofia nos deixaram de herança? Não foram grandes propriedades e nem muito menos grandes patrimônios, mas nos deixaram um grande exemplo de vida onde a filosofia e a sabedoria, reinam absolutas, e a felicidade pode estar dentro de você escondida precisando apenas ser superficializada, essa sim é uma riqueza infinita e sublime, no ancoradouro da sobrevivência.
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