A Tropa de Choque da Polícia Militar (PM) invadiu o Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Jardinópolis (SP), no fim da manhã desta quinta-feira (29), para conter o motim organizado na unidade prisional. Dos 200 fugitivos, 100 foram recapturados, segundo reportagem da EPTV. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), a situação no local já foi controlada e não houve reféns. A rebelião começou por volta das 9h, durante a revista de rotina, e não há informações de feridos. Os presos atearam fogo em colchões de um dos pavilhões do presídio, derrubaram uma grade de quatro metros de altura e fugiram a pé pela Rodovia Cândido Portinari. Segundo a Polícia Militar, alguns dos fugitivos se esconderam no meio de canaviais, às margens da via. Durante a manhã, os fugitivos foram recapturados no meio da plantação de cana-de-açúcar e alguns se entregaram.
Penitenciaria de Jardinópolis
de regime semi aberto.
Um dos presos sendo perseguido pelos
agentes prisionais e a policia militar.
Os presos foram apreendidos e levados em viaturas da PM, caminhonetes e ambulâncias de volta para a unidade prisional. Os fugitivos recapturados foram colocados no pátio da unidade prisional para contagem e o CPP passam por uma varredura. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária, outros presos foram encaminhados para a unidade de Ribeirão Preto (SP). No início da tarde, familiares dos presos começaram a chegar ao presídio para acompanhar a situação no local. O Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Jardinópolis\SP tem capacidade para 1.080 presos em regime semiaberto e atualmente abrigava 1.864 detidos. De acordo com o Corpo dos Bombeiros, alguns dos presos também fugiram pelo Rio Pardo. Viaturas da corporação de Ribeirão Preto se deslocaram até a unidade prisional para ajudar no combate às chamas e realizar buscas no rio.
Os presos queimaram colchoes e incendiaram
grande parte dos locais de trabalho.
Os presos realizaram uma fuga em
massa denominada de "cavalo louco".
Viaturas da Força Tática da Polícia Militar e o helicóptero Águia também foram ao local para dar apoio e ajudar a controlar o motim e recapturar os fugitivos. Uma situação bastante previsível, haja vista que o regime penitenciário de semi aberto, ao qual teoricamente deveria ser exclusivo daquele sentenciado que ja teria cumprido boa parte de sua sentença total, e ja estaria praticamente com um pé na rua, e em pouquíssimo tempo ja estaria em liberdade plena. Porem a situação não é bem essa, pois encontram-se infiltrados nesses regimes muito criminosos de altíssima periculosidade, e com condenações ainda pendentes, e sabem que a qualquer momento eles irão retornar ao regime fechado devido a essas condenações pendentes.
Os fugitivos atearam fogo aos
canaviais que circundam a região.
Os presos recapturados passaram por
uma contagem e encaminhados a
outros presídios da região.
E por isso iniciam esses tumultos para conseguirem se evadirem, é uma situação bastante grave, pois, nessas ações danosas ao estado, muitos daqueles sentenciados que realmente estão em real merecimento, acabam por serem confundidos nessas ações e sendo prejudicados retornando ao regime fechado. Não é necessário ser nenhum grande entendido para se perceber isso, porque um sentenciado que praticamente ja estaria nas ruas iria provocar uma rebelião no presidio de semi aberto? Caberia a justiça criar mecanismos mais rígidos de fiscalização judicial, e se beneficiar somente aqueles sentenciados realmente merecedores, e aqueles outros que estiverem no tempo do beneficio, mas também tiverem futuras condenações, deveriam ficar em regimes especiais de observação, para que essas situações não voltassem a acontecer.
Fonte G1 Noticias.
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