Paul o vidente da copa
Escândalo do Mensalão ou "Esquema de compra de votos de parlamentares" é o nome dado à maior crise política sofrida pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2005/2006 no Brasil.No dia 14 de maio de 2005, aconteceu a divulgação pela imprensa de uma gravação de vídeo na qual o ex Chefe do DECAM/ECT, Maurício Marinho, solicitava e também recebia vantagem indevida para ilicitamente beneficiar um falso empresário - na realidade o advogado curitibano Joel Santos Filho, o denunciante da corrupção, que para colher prova material do crime, faz-se passar por empresário - interessado em negociar com os Correios.
Jose Dirceu o mentor de todo o esquema, Roberto Jefferson, o intermediário das "transações financeiras",Jose Genoino, o braço forte, e Marcos Valerio o corruptor
Na negociação então estabelecida com o falso empresário, Maurício Marinho expôs, com riqueza de detalhes, o esquema de corrupção de agentes públicos existente naquela empresa pública, conforme se depreende da leitura da reportagem divulgada na revista Veja, com a capa "O vídeo da corrupção em Brasília", Edição de 18 de maio de 2005, com a matéria “O Homem Chave do PTB”, referindo-se a Roberto Jefferson, o homem por trás do esquema naquela estatal.Segundo o Procurador Geral da República, Antonio Fernando Barros e Silva de Souza, na Denúncia Oficial que apresentou e foi acolhida pelo Supremo Tribunal Federal, o ex Deputado Federal Roberto Jefferson, então Presidente do PTB, acuado, pois o esquema de corrupção e desvio de dinheiro público.
Com a divulgação do vídeo feito por Joel Santos Filhoestava focado, em um primeiro momento, em dirigentes dos Correios indicados pelo PTB, resultado de sua composição política com integrantes do Governo, divulgou, inicialmente pela imprensa, detalhes do esquema de corrupção de parlamentares, do qual fazia parte, esclarecendo que parlamentares que compunham a chamada "base aliada" recebiam, periodicamente, recursos do Partido dos Trabalhadores em razão do seu apoio ao Governo Federal, constituindo o que se denominou como "mensalão".
O neologismo mensalão, popularizado pelo então deputado federal Roberto Jefferson em entrevista que deu ressonância nacional ao escândalo, é uma variante da palavra "mensalidade" usada para se referir a uma suposta "mesada" paga a deputados para votarem a favor de projetos de interesse do Poder Executivo. Segundo o deputado, o termo já era comum nos bastidores da política entre os parlamentares para designar essa prática ilegal.
Impossível tudo isso acontecer nas barbas do presidente e ele dizer que não sabia de nada, Lula fez quase tudo certo mas pecou nesse favorecimento ilícito
A palavra "mensalão" foi então adotada pela mídia para se referir ao caso. A primeira vez que a palavra foi grafada em um veículo de comunicação de grande reputação nacional ocorreu no jornal Folha de S.Paulo, na matéria do dia 6 de junho de 2005. A palavra, tal como ela é, foi utilizada também na mídia internacional sempre acompanhada de uma pseudo-tradução. Em espanhol já foi traduzida como"mensalón" e em inglês como "big monthly allowance" (grande pagamento mensal) e "vote-buying" (compra de votos).
Outros escândalos no governo P.T.
O desenrolar das investigações e das CPIs chamou a atenção para outros escândalos que envolveram o partido do governo brasileiro em 2005, o Partido dos Trabalhadores (PT), e eclodiram antes do aparecimento das primeiras grandes denúncias sobre a existência do mensalão.
Em 2004 estourou o escândalo dos Bingos e em maio de 2005 o escândalo dos Correios. As investigações das CPIs trouxeram ainda para a pauta de discussões a misteriosa morte do prefeito Celso Daniel (2002) e as denúncias de corrupção na Prefeitura de Santo André (São Paulo), administrada por ele.
Dois inquéritos foram conduzidos. O primeiro, de abril de 2002, concluíra por sequestro comum, uma casualidade. Um segundo inquérito, conduzido pela Dra Elizabete Sato, indicada pelo então Secretário Saulo de Abreu, aberto no segundo semestre de 2005, novamente levou à tese de crime comum. O inquérito, com data de 26 de Setembro de 2006, é anterior ao primeiro turno das eleições presidenciais. Sua repercussão na mídia só se deu no final de novembro de 2006.
Por conseguinte, a crise do mensalão envolveu não somente o escândalo provocado pela denúncia de compra de votos (o mensalão, propriamente dito), mas todos esses escândalos juntos, que de alguma forma ou de outra se relacionam. Um dos elementos que ligam esses outros eventos com o mensalão, são as acusações de que em todos eles foram montados esquemas clandestinos de arrecadação financeira para o PT. O dinheiro oriundo desses esquemas, pelo menos em parte, poderia ter sido usado para financiar o mensalão. Agora essa hipótese, ao menos em tese, se choca com a descoberta, em julho de 2008, de que o Banco Opportunity foi uma das principais fontes de recursos do mensalão: as investigações da Polícia Federal apontaram que empresas de telefonia privatizadas, então controladas pelo banqueiroDaniel Dantas, injetaram mais de R$ 127 milhões nas contas da DNA Propaganda, administrada por Marcos Valério, o que alimentava o caixa do Valerioduto.
Celso Daniel prefeito de Santo Andre executado em 2002
O Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) concluiu que o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel, ocorrido em janeiro de 2002, foi planejado em Campinas.
Segundo o promotor Roberto Wider Filho, a reunião da quadrilha que executou o prefeito foi realizada num bairro da zona norte da cidade do interior paulista. O prefeito de Campinas, Toninho do PT, também foi assassinado. O crime ocorreu no dia 10 de setembro de 2001.
Em entrevista à rádio CBN, o promotor afirma que teriam participado da reunião pelo menos dois dos envolvidos no crime, Ivan Rodrigues da Silva, conhecido como "Monstro", e Dionísio de Aquino Severo.
De acordo com Wider, uma testemunha protegida confirmou a tese. "Temos também várias circunstâncias que indicam isso. O Ivan, o 'Monstro', logo depois do seqüestro do prefeito estava em Campinas e permaneceu lá o dia todo", afirmou. O seqüestro ocorreu por volta das 23h de uma sexta-feira, e, com a quebra do sigilo telefônico, o promotor constatou que "Monstro" estava no interior às 8h30m.
Toninho do P.T., outro prefeito do P.T. também morto em 2001, demostra que quem for contra á panela e tentar mudar as coisas...morre!
"Juntando ao depoimento de que o 'Monstro' já tinha ordem de eliminar o prefeito quando deixou Campinas, a gente chega à conclusão que houve uma reunião em Campinas e nela se tramou a morte do prefeito" afirmou o promotor.
"Monstro" continua preso. Dionísio de Aquino Severo foi morto no Centro de Detenção Provisória do Belém dois dias depois de ser preso e antes de ser ouvido sobre o assassinato de Celso Daniel.
No primeiro depoimento à polícia, Dionísio confessou sua ligação com o principal suspeito do crime, Sérgio Gomes da Silva, o "Sombra", que aguarda o fim do processo em liberdade.
O prefeito teria sido morto, segundo uma testemunha, por ter ido contra o grupo, que estava envolvido em casos de corrupção na Prefeitura de Santo André. As empresas de ônibus que atuavam na cidade eram obrigadas a pagar propina para o grupo, de acordo com depoimentos.
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