terça-feira, 23 de março de 2010

"CÁRCERE PUBLICO PRIVADO"

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O embate entre os agentes
 e os presos é 
desigual 
sob 
qualquer ângulo que se analise.
 Um dos maiores problemas é 
a diferença 
numérica entre eles.
 O estado de São 
Paulo tem, sob 
sua tutela, 
126.000 a 
156.000 
detentos – um verdadeiro
 exército 
de criminosos. Os 26.000 A.S.Ps, 
não formam mais do que um batalhão. 
Em média, cada um cuida de 5,5 presos. 
É um dos índices mais altos do mundo 
(veja quadro acima). Os problemas dessa
 relação assimétrica se revelam a toda hora.
 Quem trabalha no turno do dia tem como
 primeira missão abrir as celas para o banho 
de sol dos detentos. Isso ocorre às 7h30. 
Em alguns presídios, como o Centro de 
Detenção Provisória do Belém, na capital 
paulista, um único agente é responsável por
 destrancar todas as celas de cada ala. 

Com um molho de chaves, ele abre oito
 portas de ferro em seqüência. De cada cela,
 saem vinte detentos. Ou seja: em poucos 
minutos, o agente se vê, sozinho e desarmado, 
cercado por 160 criminosos – assaltantes,
 homicidas e traficantes, literalmente ele
 se encontra na ponta da faca, é uma 
sensação de se- estar dentro do inferno
 rodeado de demônios por todos os lados,
 um pastor evangélico me  disse uma vez que
 dentro das cadeias as trevas são paupaveis,
 ele foi muito feliz nesse comentário. 
"Que tipo de segurança alguém pode ter 
contra um grupo de 100, 200 presos, portando
 apenas um molho de chaves e uma caneta 
no bolso?", pergunta Cícero Sarnei, presidente 
do Sindicato dos Agentes de Segurança 
Penitenciária do Estado de 
Um integrante do recem-criado G.I.R., 
Grupo de Intervenções Rápidas, para 
agirem na dissolução,  contenção e 
apoio ostensivo nos presidios paulistas.
A superlotada cadeia de Jundiaí receberá mais 16 presos da vizinha Itatiba
São Paulo.
Os detentos se aproveitam da situação. 
Só no ano, de 2003, fizeram 139 rebeliões.
 Em 129 delas, tomaram agentes como reféns.
 Desde janeiro, 922 funcionários permaneceram
 em poder de bandidos amotinados.
 Nessas ocasiões, os agentes são trancados
 em celas enquanto os detentos negociam
 regalias e benefícios com a direção das unidades.
 Muitos dos que usualmente se recusam 
a prestar "favores" aos presos são,
 nessas ocasiões,vendados e submetidos a tortura.
 O que deveria ser um dia rotineiro de
 trabalho se transforma em uma sessão 
de socos, chutes e queimaduras de cigarro.
Tudo isso se da porque não existe mais 
aquela disciplina dura que debatia com os 
presos de igual para igual (apesar deles sempre
 estarem em numero superior), uma solicitação
 ou um pedido do preso era estudado e se
 não houvesse consistência ou necessidade 
era negado e passado aos presos á sua negativa. 
 Agora  tudo o que eles pedem, os diretores
 logo lhes entregam de bandeja, ninguém mais
 bate de frente com esses criminosos, e
 quando o A.S.P., que trabalha no raio vai 
contra alguma decisão absurda, os diretores 
o isolam e ficam do lado dos presos, Por isso 
que quase não acontecem mais rebeliões no
 sistema e também que o pcc cresceu tanto e 
continua crescendo, os diretores tem medo 
duplo desses bandidos, medo de serem atacados
 na rua por eles, e medo de perderem seus 
preciosos cargos de direção. O medo é relativo, 
todo mundo tem medo, mas deve-se enfrentar
 os medos com atitudes dignas e responsáveis,
 e nunca se acovardar expondo todo mundo 
ao perigo e ao mal, cuida-se da sua integridade
 física  e ferra-se o resto. Neste ano, os casos 
se repetiram à exaustão. O episódio mais crítico 
ocorreu em 10 de maio, quando 29 agentes
 foram reféns durante 47 horas em um motim
 na penitenciária de Valparaíso. A rebelião foi 
coordenada pelo PCC e deu a senha para o
 "maio sangrento", série de ataques iniciada 
pelos criminosos durante o fim de semana do
 Dia das Mães. Depois disso, 71 outras cadeias
 se rebelaram. Durante esses motins, 355 
funcionários ficaram nas mãos dos presos. 
Alex Silva/AE
Rebelião em maio: o PCC pede paz, mas ameaça a vida dos agentes penitenciários


Situações de tensão como essas tornaram-se 
tão comuns nos presídios paulistas que atualmente 
há 1 091 agentes afastados do serviço por ordem
 médica ou psiquiátrica. "O agente que passa pela
 experiência de ficar em poder dos presos precisa
 ser submetido a acompanhamento psiquiátrico, 
para tratar os transtornos do stress pós-traumático",
 diz Márcio Bernik, do Instituto de Psiquiatria do
 Hospital das Clínicas, em São Paulo. Na prática, 
no entanto, o único tratamento que eles recebem
 é uma licença médica de trinta dias para se
 recuperar do choque, onde por diversas vezes 
ja aconteceu da licença não sair como acidente de
 trabalho, dai voce vai ter que entrar com varios
 recursos para converte-la para acidente de trabalho
 senão voce perde parte do auxilio localidade, 
do R.E.T.P., do G.A.P. etc, e isso ira prejudicar na
 contagem para licença premio e aposentadoria, 
agora acompanhamento medico e psiquiátrico 
depois do ocorrido, isso só existe em sonho,
 porque á realidade é bem outra. Não é atendido
 pelo assistente social nem o psicólogo da casa
 porque essas são de trabalho exclusivo aos 
detentos, se voce quiser depois de tudo que 
passou nas mãos dos presos, ser atendido por
 um profissional medico de verdade, tera que 
se virar, pagar uma consulta particular ou então
 tomar tremenda canseira na fila do IAMPS. 
Ah tem outro detalhe, depois que voce teve 
esses dias de afastamento e volta ao trabalho,
 muitas vezes sem readaptação, o sistema num 
total desrespeito com o profissional, faz questão
 de trata-lo por bagaço e segurão, porque voce
 não tem mais as condições necessárias para 
desempenhar normalmente o seu trabalho junto
 aos raios (pavilhões), logicamente devido ao dano 
psicológico causado. E depois, voltam a trabalhar
 na mesma unidade e, muitas vezes, vigiam os
 mesmos presos que os torturaram.
Se há milhares de funcionários que são 
oprimidos pelo PCC, também existem
 muitos que se submetem aos presos e,
 por dinheiro, cumprem todo tipo de ordem.
 Os "serviços" contratados pelos bandidos
 incluem fazer vista grossa na hora de 
revistar visitantes e entregar drogas e 
armas de fogo aos detentos. Na gíria dos 
agentes, os que se corrompem são chamados 
de "correrias". "A quase totalidade do
 material que entra ilegalmente nos presídios 
passa com o consentimento de algum agente.
 Mas isso da-se por não possuir-mos um
 serviço de inteligência funcional ativo, 
existe um serviço de inteligência, mas na 
verdade só existe mesmo no papel, porque
 á maioria das informações coletadas  são
 repassadas pela Policia Civil e o Serviço
 Reservado da PM (P2), e pouquíssimos 
do Ministério Publico, e nesses casos 
específicos de corrupção, deveria-se 
montar um aparato investigativo em cima
 do suposto suspeito, juntar provas materiais 
e técnicas contra o mesmo, exonera-lo e
 ainda coloca-lo na cadeia junto com os 
seus protegidos, porque um individuo desses 
é pior do que o próprio bandido criminoso, 
tem que ser execrado e ainda ir para á cadeia.
 Quem diz o contrário está sendo hipócrita", 
afirma João Rinaldo Machado, presidente 
do Sindicato dos Funcionários do Sistema
 Prisional. Atualmente, 830 agentes respondem
 a processos disciplinares por infrações 
graves em São Paulo. A maioria se corrompeu:
 entrou com celulares, drogas e armas nas
 cadeias ou colaborou diretamente para 
a fuga de presos, é inegável que existe á
 participação direta de alguns agentes 
corruptos, mas que não atingem nem 1% 
do numero total do efetivo geral das unidades
 prisionais do estado, e á entrada da maioria 
dos celulares, da-se através dos visitantes. 


Que   burlam o serviço de segurança 
adentrando pela porta da frente, pois
 os aparelhos de raio x que existem não 
comportam o numero total de visitantes, 
e acabam por não coibir boa parte dessas
 entradas ilegais, e o detector de metais, 
acaba se tornando obsoleto devido á 
grande quantidade de visitantes de um dia,
 que se todas forem revistadas novamente, 
causarão atrasos e tumultos na unidade 
prisional. Enquanto as sindicâncias correm, 
todos continuam na ativa. Dificilmente 
alguém é demitido por essa razão. O mais 
comum é que o funcionário corrupto seja 
transferido e o assunto, esquecido, isso 
porque o serviço de inteligência da S.A.P., 
é quase inexistente, que não  mostra 
nenhum interesse real em se investigar
 o possível acusado, isso da-se também 
porque esse serviço especifico não possui 
nenhuma autonomia especial, com vinculo 
direto ao diretor da unidade, que por não 
ser concursado, teme em ser destituído do
 seu cargo se começarem á aparecer "coisas
 estranhas ao normal". O certo seria um 
serviço de inteligência subordinado diretamente
 ao juiz corregedor prisional, e com um numero
 telefônico especifico para denuncias. Porque 
do jeito que esta agora, voce denuncia algo
 para á inteligencia, que passa para o diretor, 
se for algo que ele não quer que apareça, 
voce vai tomar um bonde pra bem longe.
Apesar do cotidiano de extrema violência a 
que são submetidos, nenhum dos dezenove 
agentes penitenciários ouvidos por VEJA 
pretende trocar de emprego. Eles argumentam
 que não é apenas o salário que os prende 
nessa profissão, mas sim o grande amor, 
á grande quantidade de adrenalina e por 
terem isso no sangue.

 Super população carcerária, também é 
uma causa muito preocupante em todo 
serviço penitenciário  brasileiro

























Acham que não conseguiriam o mesmo
 rendimento em outra profissão. Eles fazem
 apenas duas reivindicações ao governo.
 Em primeiro lugar, querem a contratação 
de mais agentes, para tornar o trabalho 
nas cadeias menos perigoso. Pedem
 maior profissionalismo e seriedade dos
 administradores,porque do outro lado
 o crime organizado não esta brincando
 e esta cada vez mais organizado, fato
 disto foram os ataques do pcc em 2006,
 todos eles coordenados e comandados 
de dentro das cadeias, e de la para cá 
quase nada foi feito de positivo para que
 se coibir á entrada desses aparelhos
 celulares dentro das unidades prisionais, 
em qualquer revista realizada nas cadeias,
 são encontrados diversos celulares,
 e ninguém sabe realmente como se da 
essa entrada ilegal, ou faz vistas grossas
 para esse problema, pra nós isso é uma
 situação além de vergonhosa, também 
muito constrangedora, porque á 
sociedade e á opinião publica desinformada 
da verdadeira realidade prisional, em sua
 ingenuidade generaliza essa situação tratando      

todos os profissionais ASPs como corruptos,
 e isso é muito doloroso de se ouvir, voce 
realizar um serviço que mais nenhum profissional 
de segurança faz, (não por competência, 
mas pelos riscos diretos a exposição aos 
criminosos, por exemplo como um investigador
 ou um pm que prenderam uma quadrilha 
na rua poderão trabalhar dentro da cadeia 
trancando-os mesmos diariamente nas celas?
 Seria o mesmo que coloca-los dentro de uma 
jaula de leão com o leão dentro) dar sua vida
 por esse ideal, e ter como premio á desconfiança 
é muito triste. Á verdade é que á SAP, não esta 
conseguindo resolver esse grave problema dos 
celulares nas cadeias por motivos diversos sendo
 o mais evidente deles, é o despreparo funcional, 
pois existem muitos chefes que não sabem nem 
conversar com o preso, qualquer coisinha que se 
vai resolver eles ameaçam de chamar o choque
(GIR), muita coisa nas cadeias voce resolve na 
conversa e o choque é só 

em ultimo caso, quando nada mais haver para 
ser feito, e  á inércia do serviço de inteligência, 
e á SAP, tem que dar o braço á torcer assumindo
 que não esta conseguindo extinguir os celulares
 nas cadeias, e que deveria então á partir disso,
 passar essa responsabilidade para quem possa
 realmente resolver ou então padronizar todo o
 serviço penitenciário, pois enquanto algumas 
pessoas ficam brincando de segurança publica, 
outras estão morrendo de verdade por essa 
omissão escandalosa. 
Cada plantão trabalha de uma forma, imaginem
 então as unidades! O recem criado G.I.R, até 
uns dias atras não tinha nem viatura para executar
 suas ações táticas, chegando ao ponto de se 
colocarem 5 dos seus integrantes peso-pesados
 com armamentos e tudo dentro de um golzinho,
 eles ficaram entalados dentro do carro, isso é
 pagar mico, tem que fazer á coisa com muita
 estratégia e planejamento e não ficar empurrando 
com á barriga. Parar de ficar achando que esta
 tudo resolvido, quando não esta!   Enquanto nós, 
 somos ameaçados e até em alguns casos 
executados pelos presos e oprimidos pelos 
nossos chefes e o governo.
Tem que se tratar preso como preso, respeitar
 todos os seus direitos, mas impor disciplina e 
mostrar quem é que manda realmente, esta
 havendo muita negociação e pouca ação.

LUTO E RESPEITOSO  PESAR PELAS PERDAS INESTIMÁVEIS
AS VÍTIMAS DO PCC
Fotos acervo pessoal

NILTON CELESTINO
41 anosCasado, pai de cinco filhos
Trabalhava como agente havia 15 anos
Foi morto pelo PCC no dia 28 de junho
Nunca gostou de lidar com presos. Desde que começou a trabalhar como agente, fez de tudo para se manter afastado das celas e dos pavilhões. Em 2001, conseguiu ser transferido para o centro de informática da Secretaria de Administração Penitenciária. Lá, ajudou a desenvolver o sistema de banco de dados que hoje é usado em todos os presídios paulistas. Em 2004, ele se tornou responsável pela rede de computadores do CDP de Itapecerica da Serra, município onde vivia. Evangélico, era muito ligado à mulher e aos filhos. Os agentes que trabalharam com ele nos últimos anos o consideravam uma pessoa tranqüila e feliz. Não bebia, não fumava e não falava gírias. Jamais se queixou de pressão ou de ameaças do PCC. Era um homem pacífico. Declarava a todos ser contrário ao uso de armas de fogo. Acreditava que qualquer preso pode ser recuperado, mesmo os que cometeram os piores crimes. Foi metralhado na porta de sua casa às 6h20 do último dia 28, quando ia para o trabalho. O corpo ficou estendido na rua. Sua mulher fugiu da cidade com as crianças naquele mesmo dia.

EDUARDO RODRIGUES41 anosCasado, pai de dois filhos
Trabalhava como agente havia 4 anos
Foi morto pelo PCC no dia 1º de julho
Começou a trabalhar como agente aos 37 anos. Desde então, nunca mais se sentiu seguro. Receava ser atacado por ex-detentos. Mesmo sem ter porte de arma, passou a andar com um revólver calibre 38. No ano passado, foi flagrado com a arma em uma blitz da Polícia Militar. O episódio lhe rendeu dois dias de detenção em um distrito policial e 45 dias de "suspensão branca" (disfarçada de licença médica) na Secretaria de Administração Penitenciária. Abandonou o revólver. Em fevereiro, foi transferido para o arquivo geral do sistema penitenciário paulista. Digitalizava antigos documentos retirados do Carandiru. Era um serviço burocrático, sem riscos. Segundo seu filho, Bruno, o pai estava satisfeito. Ainda assim, sempre dizia que gostaria de mudar de emprego. Recentemente, a família comprou um sítio próximo a São Paulo para passar os fins de semana. Rodrigues pensava em se mudar para lá. Foi morto no dia 1º de julho, um sábado, às 10 da manhã. Levou quatro tiros à queima-roupa quando buscava um televisor que havia levado para o conserto.

OTACÍLIO DO COUTO40 anosCasado
Trabalhava como agente havia 16 anos
Foi morto pelo PCC no dia 2 de julho
Estava totalmente adaptado à vida dentro dos presídios. Na unidade em que trabalhava, o CDP do Belém, na capital paulista, lidava diretamente com os presos, sempre no turno da noite. Durante as madrugadas, rondava os corredores do local para prevenir possíveis tentativas de fuga. Nunca se casou oficialmente, mas viveu catorze anos com Rosana Carvalho, uma agente penitenciária que ele conheceu quando os dois trabalhavam no Carandiru. Eles haviam se separado, mas planejavam voltar a morar juntos. Para isso, alugaram uma casa no município de Guarulhos, que estava sendo mobiliada. Durante a onda de atentados lançada pelo PCC em maio, Couto teve muito medo de ser alvo dos criminosos. Naquela ocasião, ele passou quatro dias inteiros sem sair da cadeia onde trabalhava. Preferiu dormir no local a se expor aos ataques nas ruas. Defendia o porte de arma para os agentes. Achava que isso aumentaria sua segurança. Foi morto no dia 2 de julho, um domingo. Levou nove tiros enquanto usava um orelhão no quarteirão de sua casa. Rosana acredita que ele tentava telefonar para ela.

PAULO ARAÚJO54 anosCasado, pai de três filhos
Trabalhava como agente havia 32 anos
Foi morto pelo PCC no dia 7 de julho
Ajudou a fundar os dois maiores sindicatos de agentes penitenciários do estado de São Paulo e era diretor regional de um deles. Defendia o direito desses profissionais ao porte de arma. Depois que teve início a onda de ataques a agentes prisionais, no fim de junho, Araújo deu diversas declarações à imprensa condenando os crimes. Disse, mais de uma vez, que as ações do PCC eram "burras e covardes". Chegou a ser entrevistado pelo The New York Times. Ao jornal americano, afirmou que nos presídios paulistas todos eram "reféns dos criminosos". Em setembro próximo, completaria 25 anos de casado. Planejava uma grande festa para comemorar a data. Foi assassinado no dia 7 de julho, no início da manhã, na Zona Norte de São Paulo. Tirava o carro da garagem para ir trabalhar, quando foi surpreendido por um homem encapuzado, que o esperava na calçada. Levou um tiro no braço e outro no coração. Morreu na hora. Sua mulher presenciou o crime da janela de casa sem poder reagir.

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