quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

QUEM TEM TELHADO DE VIDRO...

02/12/2009

Lula evita comentar escândalo no DF e diz que imagens não falam por si





da Agência Brasil
da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva evitou nesta terça-feira comentar as denúncias envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), suspeito de participar de um suposto esquema de pagamento de propina a integrantes da Câmara Legislativa do DF. No entanto, defendeu o processo de investigação e afirmou que "as imagens não falam por si".
"O que fala por si é todo o processo de apuração, todo o processo de investigação. Quando tiver toda a investigação terminada, a Polícia Federal vai ter que apresentar o resultado final do processo. Aí quem vai fazer juízo de valor é a Justiça. O presidente da República não pode ficar dando palpite", disse o petista em Portugal.
Lula cobrou hoje do Congresso Nacional a aprovação da reforma política e do financiamento público das campanhas para evitar crimes eleitorais.
Segundo a Polícia Federal, o governador do Distrito Federal teria recebido dinheiro não declarado de empresas privadas para sua campanha, em 2006. Para Lula, a reforma política é condição para evitar escândalos como o que atinge o governo do DF.
"Já mandei duas minirreformas políticas para o Congresso Nacional. Mandamos agora uma reforma com sete pontos importantes para serem votados, entre eles o financiamento público. Espero que o Congresso tenha maturidade para compreender que grande parte dos problemas que acontecem envolvem a questão da estrutura partidária no Brasil."
Ontem, Arruda disse que vai ficar no DEM, apesar da ameaça de expulsão do partido. Ele afirmou que vai "lutar até o fim" para provar que é inocente das acusações.
O democrata atribuiu ao ex-governador do DF Joaquim Roriz (PSC) a responsabilidade sobre o esquema de corrupção, de quem disse ter herdado uma "herança maldita".
Arruda afirmou que o seu governo reduziu o repasse de verbas para as empresas de informática participantes do esquema, o que contrariou "interesses" de Durval Barbosa --que flagrou o governador em conversa na qual supostamente negociaria recursos para serem encaminhados aos aliados.
O governador disse que Barbosa --responsável por gravar diálogos e imagens de parlamentares e integrantes do governo do DF recebendo dinheiro-- agiu para prejudicar a sua gestão uma vez que houve redução de seu governo no repasse de recursos para as empresas de informática.
"O nosso governo reduziu os gastos de informática em mais de 50% em relação ao governo passado. Em 2006, foram gastos R$ 510 milhões em informática. Este ano, 2009, gastamos R$ 209 milhões, menos da metade. Isto, estou certo, contrariou a muitos interesses, políticos e empresariais, que agora fica claro são ligados ao denunciante."
Arruda disse que Barbosa é réu em 32 processos, todos eles relacionados a atos praticados no governo Roriz. Segundo o governador, os recursos "eventualmente" recebidos por integrantes do governo do DF foram destinados a ações sociais em 2004, 2005 e 2006 --e foram legalmente registrados na Justiça Eleitoral.
Stock Images



Sob holofotes, José Roberto Arruda disse que os recursos que recebera de seu delator Durval Barbosa “foram regularmente registrados ou contabilizados”.


Deu a entender que, a exemplo de “todos os demais itens da campanha eleitoral”, os mimos de seu ex-secretário foram aos arquivos do TRE do DF. Meia-verdade.


Minutos antes de ler o comunicado aos jornalistas, o governador do Distrito Federal reunira-se com a cúpula do seu partido, o DEM.


Entre quatro paredes, Arruda expusera os argumentos que divulgaria a seguir. Segundo apurou o blog, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) perguntou:


“Quando você declarou esses recursos à Justiça Eleitoral, foi na época do recebimento?” E Arruda: “Não, foi no início desse ano”.


Num dos inúmeros vídeos que infestam a web e as tevês de imagens vadias, Arruda aparece recolhendo das mãos de Durval um maço de notas (R$ 50 mil).


A cena é de agosto de 2006. Arruda era candidato ao governo do DF. Durval, seu benfeitor, presidia a Codeplan, uma estatal do GDF.


No comunicado que leu aos repórteres nesta segunda (30), Arruda esclareceu que a mordida de 2006 não foi a única.


Sem especificar cifras, falou de “recursos eventualmente recebidos por nós do denunciante, para ações sociais, nos anos de 2004, 2005 e 2006”.


Ou seja, a comunicação à Justiça Federal se deu com atraso de até cinco anos. Considerando-se os recebimentos de 2006, a demora foi de três anos.

Na reunião com os companheiros de partido e no contato com a imprensa, Arruda se fez acompanhar dos advogados José Eduardo Alckmin e Flávio Cury.


Na reunião fechada com os morubixabas da tribo ‘demo’, um dos doutores, José Alckmin, esclarecera o seguinte:


O comunicado temporão que Arruda enviara à Justiça Federal já havia sido analisado e devidamente arquivado. Ficou claro para os presentes:


1. Arruda sabia que Durval, até a última sexta-feira (27) seu secretário de Assuntos Institucionais, dispunha de um lote de vídeos comprometedores.


2. Sabia que as imagens poderiam vazar a qualquer momento.


3. Precavendo-se contra o escândalo que esperava para acontecer, levou ao TRE os registros monetários fora de época.


Resta saber agora se o TRE não se animará a reexaminar os dados depois que veio à luz a profusão de evidências que apontam para a origem ilícita das verbas.


Supõe-se, de resto, que o Ministério Público, condutor da investigação contra Arruda e Cia., vá requerer ao TRE os registros inusuais da verba dos panetone$.





3 comentários:

  1. Bom dia, mas uma farra descoberta com o dinheiro publico, nosso dinheiro, até quando nós humildes trouxas, brasileiros trouxas, iremos suportar essas roubalheiras descaradas, ja passou da hora da gente por toda essa gente pra correr.
    Esse governador tem á maioria na camara, isso quer dizer que não vai lhe acontecer nada, como foi com á governadora do R.S. Ieda Crucius.
    Eles se unem para roubar, nós temos que nos unir para coloca-los pra fora.

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  2. Só agora eu descobri para que serve um assessor parlamentar, carregar sacos de dinheiro!

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  3. Os caras são tão amadores que nem sabem fazer as "coisas direito", ao invés de elegantemente trazerem valizes ou maletas como os mafiosos, eles empapuçam os bolsos de dinheiro, e não cabendo mais, enfiam o resto dentro das cuecas, deveria ser engraçado ve-los todos apertados e avolumados andando pelas ruas, e segurando as calças para ela não cair.

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