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domingo, 22 de abril de 2018

ACAMPAMENTOS LINHAS DURAS.

Polêmica das boas para discussão em família. Um tratamento de choque para crianças indisciplinadas: são os acampamentos linha dura  que usam uma espécie de regime militar para tentar mudar o comportamento de meninos e meninas que, na visão dos pais, estão fora de controle. O método é bastante controverso e levanta a questão: educar no grito funciona? A placa aponta o caminho da felicidade eterna, mas leva a um lugar que lembra uma prisão. Atrás das grades funciona um acampamento para crianças. Flórida, Estados Unidos. Ali é o território de Glenn Ellison. Há 14 anos, o ex-fuzileiro naval comanda o acampamento Camp Consequence. Todos os anos, cerca de 300 crianças são mandadas para lá para serem "endireitadas" pelo Glenn. E não é por ordem da Justiça, não. 
Quando os pais perdem todo o controle
 sobre os filhos, alguém tem que fazer 
alguma coisa antes que seja tarde demais.
O ser humano necessita de disciplina, 
pois o nosso mundo exige essa conduta.
Elas não são menores infratores. É por decisão dos pais pais desesperados que não sabem mais o que fazer com os filhos malcriados. O acampamento de Glenn é apenas um,  dentro de um controverso mercado que movimenta U$ 2 bilhões por ano nos Estados Unidos. Estima-se que existam mais de mil programas nestes moldes no país. Na Califórnia, funciona a base de outro fuzileiro naval aposentado. Keith Gibbs, que atende pelo apelido de "sargento", ganha a vida assim há 10 anos. Será que esse regime militar para crianças é a solução para o mau comportamento? Você mandaria o seu filho - por mais indisciplinado que ele seja - para um acampamento assim? No momento, 33 crianças com idades a partir de sete anos estão chegando para o acampamento do Glenn. 
Os acampamentos visam colocar na
 linha todos aqueles menores de idade
 desvirtuados e com condutas improprias.
Por mais dura que possa ser,  somente
 a disciplina militar é capaz de 
conseguir fazer isso.
Geralmente o programa funciona durante um fim de semana por mês, mas uma vez por ano, Glenn promove um acampamento especial de 30 dias seguidos. Custa cerca de U$ 2 mil, o equivalente a quase R$ 6 mil fazer o filho passar por isso. Os pais também ficam acampados, participam de palestras com o próprio Glenn. As atividades começam com um exercício que Glenn chama de "choque e pavor", com inspiração em seus tempos de militar. Bryce, de 10 anos, é uma das crianças mais novas da turma. A mãe dele explica por que decidiu colocá-lo no acampamento de Glenn. O Bryce me desrespeita e desafia. Chegou ao ponto de eu receber ligações da escola dizendo que ele vai ser suspenso. A gente viajou recentemente e ele ficou falando palavrões na piscina do hotel, até que nós fomos expulsos. Achei o Glenn através de amigos.
Uma criança e adolescente, não podem fazer o que
 querem,  passar por cima de regras e leis,
 isso fatalmente num futuro próximo
o levara a morte precoce ou a  uma cadeia.
Uma mãe que permite o filho bater em seu 
rosto, achando isso bonitinho, esta
 criando um monstro cruel que não 
respeitara nada em sua frente!
 Soube também de um terapeuta que indicou esse acampamento aos clientes, conta a mãe de Bryce. Mas não seria exagero disciplinar um menino de dez anos dessa maneira? "Exagero é um garoto de 10 anos mandar na minha casa! Isso sim é exagero", reclama a mãe do menino. A qualquer momento os pais podem desistir e levar os filhos embora. Mas Glenn confia no seu método: "nós somos muito respeitados na comunidade, temos o aval de delegados, procuradores de Justiça", se defende Glenn. Na Califórnia, Keith Gibbs - conhecido como "sargento" - também se orgulha dos diplomas na parede. "Tenho cartas de recomendação da Câmara Estadual, dos escoteiros, do Departamento de Assistência Social, da Corte Juvenil, do Departamento de Polícia. Como é que eu posso estar fazendo alguma coisa errada? Tá bom, eles ficam um pouco sujos, e daí?", diz Keith.
No Brasil o poder publico cria leis para não
 ter que fazer nada contra os menores
 infratores, e com isso esta apenas 
ramificando o inferno na terra.
É de pequeno que se aprende, e num 
pais onde os menores infratores não são
 disciplinados e ainda são tratados como
 "vitimas da sociedade", dando-lhes muito
 mais campo para agirem, esta apenas 
se criando uma fabrica de demônios.
Quando não está trabalhando como segurança, Keith está comandando o programa que criou há dez anos. "Começamos com crianças de 14 a 18 anos. Mas percebemos que nessa idade, muitas delas já haviam abandonado a escola, entrado para as gangues, usavam drogas, já eram casos perdidos. Percebi que precisava atender crianças mais novas, por isso diminuímos a idade mínima para cinco anos", explica Keith. A maioria das crianças atendidas pelo sargento Keith vêm de bairros perigosos e são filhos de pais separados. Como Ellijah, de oito anos. A mãe decidiu inscrevê-lo como uma medida preventiva. "Todos os homens que ele conhece, do pai aos tios, estão presos ou mortos. Quero que alguém ensine a ele: você não pode fazer o que quer, na hora que quer", conta a mãe do garoto. 
Nesses campos americanos, os próprios 
pais solicitam o internamento dessas 
crianças, para o próprio bem delas, 
antes que seja tarde demais.
O poder publico deve interceder e fazer a sua
 parte, intervindo na vida dessa criança 
e disciplina-lo, para que amanhã 
ele não seja mais um condenado.
Quando os pais falham de alguma forma
 com os filhos e o poder publico se 
omite, o mundo o adota e o resultado 
disso é o pior possível.
Ellijah é uma das 17 crianças que vão ficar sob custódia do sargento Keith por um fim de semana. Não existe um órgão nos Estados Unidos que regule esse tipo polêmico de acampamento. Alguns desses acampamentos foram acusados de abusos e por isso foram fechados. Um advogado criminal faz um alerta: "existe muita discussão sobre esse mercado. Não estou dizendo que todos os programas são ruins, mas eu represento pessoas que, quando crianças, passaram por programas desse tipo e, hoje, aos trinta e poucos anos, ainda têm pesadelos e sofrem de estresse pós-traumático".“Todos esses acampamentos seguem a mesma filosofia: para endireitar alguém é preciso forçá-lo a fazer determinada coisa. Só que a força nunca funcionou”, comenta o advogado criminal Thomas Burton. E você? Mandaria o seu filho malcriado para um lugar assim? Na enquete realizada pelo Fantástico durante o programa, 86% dos telespectadores responderam que sim.
Fonte G1.

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