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terça-feira, 21 de março de 2017

A MAQUINA DE ANTICITERA.

No início do século 20, um mergulhador encontrou uma embarcação naufragada próximo à ilha de Anticítera, ao sul da Grécia. Além de diversas estátuas, joias, louças, móveis e até vinho, o que chamou mesmo a atenção foram pedaços de bronze esverdeados pelo tempo e que compunham um mecanismo analógico bastante complexo. Durante muito tempo esses resquícios de tecnologia de 2 mil anos atrás permaneceram um grande mistério para os pesquisadores. Mas, recentemente, esse cenário começou a mudar e, hoje, acredita-se que aquelas peças encontradas fazem parte do mais antigo computador de que temos notícia.Batizado de Máquina de Anticítera, o mecanismo ficava protegido por uma armação de madeira do tamanho de uma caixa de sapato, com um disco na parte da frente e um conjunto complexo de pelo menos 30 engrenagens de bronze em seu interior.
Peças petrificadas e corroídas pelo
 tempo e a água do mar, possuíam
 as formas de engrenagens
 idênticas a de um computador.
Os primeiros computadores construídos
 pelo homem, eram iguais a esses
 artefatos encontrados.
 Em entrevista para a The Economist, o historiador da Universidade de Yale, Derek Price, concluiu com seus estudos que o dispositivo era nada menos do que um computador analógico capaz de prever a posição do Sol e da Lua em uma data específica.  Novas análises não apenas reforçaram a teoria de Price, como também demonstraram que esse “PC” dos gregos antigos era muito mais impressionante do que se pensava.Novas imagens criadas pelo curador de engenharia mecânica do Museu de Ciência de Londres, Michael Wright, com uma técnica detalhista de raios X conhecida como tomografia linear, foram analisadas pelo cientista da computação Allan Bromley, da Universidade de Sidney. Com isso, a dupla chegou à conclusão de que Price estava equivocado em diversos aspectos de sua análise. 
O cientista grego Dr Yanis Bitsakis juntou 
as peças e descobriu mais de 2300 
caracteres astronômicos, que indica 
uma vasto conhecimento matemático, 
 astronômico e física quantica.
Sem duvida um artefato 
construído por uma inteligencia
 muito apurada, a milhares de anos atras.
Para começar, o historiador parece ter ignorado propositalmente o número de dentes de algumas engrenagens, com o propósito de fazer com que os movimentos dessa peça pudessem atender às necessidades do cálculo astronômico previsto por Price. A análise antiga também indicava a existência de um mecanismo reverso que faria com que algumas engrenagens girassem em uma direção específica. Em outras palavras, o cientista foi “seletivo” demais nas evidências que encontrou. A nova dupla de pesquisadores acredita que uma engrenagem central e fixa eliminava a existência desse mecanismo reverso sugerido por Price e, mais do que isso, os novos estudos indicam que a Máquina de Anticítera foi especificamente desenvolvida para modelar uma forma muito particular de movimento epicíclico. 
Os primeiros computadores construídos
 pelo homem eram enormes e
 ocupavam um quarto inteiro.
Nem se comparavam aos
 computadores modernos, em
 dimensão e desempenho.
Os gregos daquela época acreditavam que a Terra era o centro do universo e que estava rodeada de corpos celestes que se movimentavam em epiciclos, com cada astro traçando um círculo ao redor de um ponto que se move ao redor da Terra. O que Wright e Bromley descobriram é que a máquina seria capaz de reproduzir os movimentos do Sol e da Lua de maneira muito precisa, usando um modelo epicíclico concebido por Hiparco, astrônomo nascido em 190 a.C., em Alexandria. Mas não é só: o equipamento também calculava a trajetória dos planetas Mercúrio e Vênus com base em outro modelo epicíclico, desta vez construído por Aplônio de Pérgamo.Com tão poucas peças disponíveis, os pesquisadores precisam, inevitavelmente, recorrer à técnica da suposição, mas sempre com uma base científica. 
Os computadores foram criados na 
decada de 40 e eram muito complexos
 não eram multi uso e   utilizados 
apenas pelas empresas aeronáuticas.
Essa descoberta demostra que 
havia no passado uma civilização
 muito avançada, com tecnologia de ponta.
 Apesar de o funcionamento do dispositivo não fazer muito sentido para a época, é provável que ele tivesse mais camadas que auxiliassem no cálculo de trajetória dos planetas Marte, Júpiter e Saturno, já conhecidos naquele período. Todos os indícios levam a crer que esse computador analógico era capaz de calcular, com um grau de precisão muito respeitável, a posição de diversos corpos celestiais em uma data definida pelo usuário da máquina. Para isso, era usado um ponteiro de bronze dentro de um disco, com as constelações do zodíaco ao redor dele. Com base em sua pesquisa, Wright conseguiu recriar em laboratório o que ele acredita ser uma réplica da Máquina de Anticítera. A reconstrução do dispositivo rendeu um artigo no "Horological Journal", e a peça ficou exposta em um museu de Atenas.
Hoje os computadores fazem parte
 do dia a dia, e praticamente é impossível
 se viver sem um deles em casa ou no trabalho.
Daqueles monstros gigantescos do passado
 hoje podemos encontrar computadores
 que cabem na palma da mão.
Mesmo assim, não é possível saber se a máquina construída por Wright reflete com fidelidade o funcionamento do objeto original. Tampouco se a função era realmente essa, apesar de Wright estar muito convencido da explicação que descobriu com a ajuda de Bromley.E ao que tudo indica, as suposições desses pesquisadores não são tão absurdas. No século 1 a.C., Cícero escreveu sobre um instrumento “construído recentemente por nosso amigo Posidônio, que a cada volta reproduz os mesmos movimentos do Sol, da Lua e de cinco planetas”. Arquimedes também cita um pequeno planetário em alguns escritos e o resgate de dois aparelhos semelhantes em 212 d.C., durante a queda de Siracusa.
Fonte Readers Digest.

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