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terça-feira, 10 de janeiro de 2017

THE ICEMAN.

Nadar em uma água congelante seria fatal para qualquer pessoa. Menos para o britânico Lewis Gordon Pugh. Sua especialidade é suportar águas onde os termômetros marcam menos de zero grau. O nadador tem a habilidade de aumentar a temperatura do corpo antes de entrar em ação e é capaz de se esquentar sem a ajuda de roupas ou aparelhos. A história de Lewis é o início de "Super-Humano"Lewis nasceu na Inglaterra, começou a nadar aos 17 anos e virou especialista em travessias abertas em mares e lagos. Seus grandes ídolos foram os exploradores, que desbravaram os extremos do planeta, como os Pólos Norte e Sul. Eu pensei que poderia ser o primeiro homem do mundo a nadar em lugares tão remotos, que os meus ídolos descobriram. Só que o meu foco foram os oceanos, contou o nadador.
Lewis aparentemente é uma pessoa normal 
a unica diferença entre os outros seres 
normais, é que ele suporta 
o frio congelante.
O que seria mortal para as demais
 pessoas, para ele é apenas
 fichinha entrar no meio do gelo.
A temperatura média do ser humano varia entre 36 e 37 graus e pode desabar rapidamente à exposição ao frio, em quatro ou cinco minutos. É o que explica o fisiologista e biólogo da USP, José Eduardo Bicudo. Quando a temperatura do centro do corpo atingir 32 graus, começa a acontecer a falência dos órgãos internos e o indivíduo acaba morrendo destacou o especialista. Para não seguir esse roteiro, Lewis treinou em piscinas de gelo, que deixavam a temperatura da água em seis graus. Confiante de que poderia ir longe, ele decidiu partir para um novo desafio: ser o primeiro homem a nadar um quilômetro na Ilha Petermann, na Antártica, em 2005. Ao cair na água e nadar mil metros, os pesquisadores que o acompanhavam notaram que a temperatura corporal de Lewis ultrapassava 38 graus, acima do esperado para um humano.
Um fenômeno de resistência 
ao frio que intriga os cientistas.
Bastaria apenas alguns segundos para
 uma pessoa normal morrer congelada
 nessa agua, mas para ele é tudo normal.
 Muito disso me parece algo mental, como se seu corpo estivesse se antecipando a dor. Eu coloco a minha mão em água quase congelando e em 30 segundos a dor é insuportável. Ele fez isso com o corpo todo e durante 20 minutos afirmou o coordenador das travessias de Lewis, Tim Toyne-Swell. No desafio seguinte, Lewis fez uma travessia de 204 km, em Sognefjord, no mar da Noruega. Nadou durante 18 dias, com a temperatura da água em três graus. Lá, os pesquisadores encontraram uma resposta para o caso. Antes de virar nadador, Lewis cumpriu uma temporada no exército britânico como paraquedista e encarou uma situação de vida ou morte num acidente aéreo.Um dos meus amigos saltou de para-quedas do avião e ficou preso pelo cabo da aeronave. Tive que resgatá-lo puxando o cabo e foi agoniante.
Com uma temperatura de 32 graus, 
o corpo humano ja começa entrar
 em falência múltipla de órgãos.
Mas ele consegue manter a sua 
temperatura corporal estavel, e de
 uma forma sobre humana, consegue
 se auto aquecer e não congelar.
 Depois disso, todo e qualquer salto era um pesadelo para mim. O único modo de saltar era juntar toda a raiva que eu tinha e me atirar para fora. Quando comecei a treinar, não conseguia entrar na água gelada e um amigo me disse para eu pensar que era um salto e me concentrar. Segui esse conselho, me imaginei no avião e deu certo disse. Concentração Para se isolar do ambiente, Lewis ouve música antes de cair na água para nadar. Assim, os hormônios circulam mais rápido pelo corpo, o coração dispara, o pulmão passa a ventilar mais oxigênio que o normal e os músculos começam a produzir calor, aumentando a temperatura corporal em dois graus e retardando a hipotermia.
Sem duvida um ser sobre humano, com
 capacidades muito acima do normal.
Nadar entre icebergs pra ele 
não é nenhum desafio, e ja 
faz parte de sua rotina diaria.
Realmente é um fenomeno que
 desafia a ciência e a natureza, 
criando um enigma a ser resolvido.
Conhecendo mais sobre o seu dom, Lewis percebeu que, nadando, poderia carregar uma mensagem. Além da aventura, as travessias passaram a ter um enfoque político, chamando a atenção das pessoas para o aquecimento global. Eu queria ser a voz da água. Em todo o planeta, ela está sob ameaça. Quero procurar lugares do mundo em que eu possa nadar e carregar uma mensagem - contou.Depois de 21 dias de travessia no Rio Tâmisa, na Inglaterra, Lewis decidiu procurar o maior desafio da carreira: o mar do Ártico, no Pólo Norte, com água a -1,5 graus. Me lembro de estar ali, olhando para a água e pensando que nunca tinha visto algo tão assustador. A água era preta e escura, mas era uma travessia política.E foi nessa travessia que ele mostrou porque é um super-humano. Concentrado, nadou um quilômetro em pouco menos de 19 minutos e jurou nunca mais repetir tal desafio. Mas Lewis não cumpriu a promessa. No ano passado, ele nadou num lago perto do Monte Everest, a maior montanha do planeta e até deixou um recado para os brasileiros. Meu sonho é um dia nadar no Brasil. Há muitos lugares onde a água está sob ameaça no país. É o nosso recurso mais valioso e não podemos fazer nada sem ela, disse.
Fonte G1 Noticias.

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