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quarta-feira, 9 de novembro de 2016

VENCEU O MELHOR.

O republicano Donald Trump  venceu as eleições presidenciais dos Estados Unidos ao derrotar a democrata Hillary Clinton e criou uma comoção em metade do país e no mundo inteiro. Trump, um populista com um discurso xenófobo e antissistema, será o próximo presidente dos Estados Unidos. Com o apoio maciço dos norte-americanos brancos descontentes com as elites políticas e econômicas e preocupados com as rápidas mudanças demográficas, Trump derrubou todas as previsões das pesquisas e obteve uma vitória que lança o seu país no desconhecido. Ninguém como Trump soube entender a exaustão existente em relação ao establishment, ao qual Hillary é identificada. A onda populista mundial chegou à Casa Branca.
Contrariando todas as expectativas
 Donald Trump da a volta por 
cima e vence Hillary Clinton.
Sua vitoria foi declarada nessa 
madrugada de Quarta Feira, e muito
 comemorada pelo candidato republicano.
“Os homens e mulheres esquecidos do nosso país já não serão esquecidos”, disse Trump em seu discurso de vitória, em Nova York. O presidente eleito, que deve fazer seu juramento de posse em 20 de janeiro, elogiou Clinton e disse que é o momento de encerrar as divisões do país. Clinton não pronunciou o tradicional discurso de reconhecimento da derrota, mas parabenizou Trump pelo telefone. O mundo esperava ver a primeira mulher na presidência dos EUA, depois de o país ter um presidente afro-americano. Mas aconteceu o inesperado. Os eleitores escolheram um demagogo, um homem que reavivou algumas das tradições mais tenebrosas do país, que colocou no centro do discurso político o insulto e a desqualificação, um admirador de Vladimir Putin que ameaça alterar as alianças internacionais dos EUA e lançar um desafio ao vizinho do sul, o Mexico.
 O candidato que não tem papas na lingua, 
nunca foi politico, mas é famoso por
 ser um mega empresario de muito
 sucesso a décadas nos E.U.A..
Ele não venceu apenas a candidata
 Hillary Clinton, mas venceu também
 toda a imprensa e as pesquisas 
de intenção de votos, que o
 tinham como derrotado.
De norte a sul, de leste a oeste, em Estados que votaram pelo candidato democrata  Barack Obama em 2008 e em 2012, e em estados republicanos, o tsunami de Donald Trump, uma combinação de voto rural com voto operário branco, pôs abaixo as estratégias sofisticadas da campanha democrata e anulou o efeito do voto latino e das minorias em favor de Clinton. À medida que chegavam os resultados dos Estados-chave e Trump acumulava vitória atrás de vitória, aumentava o desconcerto dos especialistas em pesquisas, dos estrategistas democratas, dos mercados financeiros e das chancelarias ocidentais. A vitória na Flórida, Estado onde o presidente Barack Obama, democrata como Clinton, ganhou duas vezes, abriu o caminho para a vitória de um magnata do ramo imobiliário e astro de reality-show que chacoalhou as bases da política tradicional. 
Desde o inicio Donald Trump se
 mostrava abaixo de Hillary, isso 
segundo o que as pesquisas queriam.
Os debates foram fundamentais para
 demostrarem qual dos dois candidatos
 estava  mais apresentável ao cargo.
Trump ganhou em seguida na Carolina do Norte, em Ohio e na Pensilvânia, entre outros Estados que Clinton precisava ganhar para ter chance de chegar à Casa Branca. A chegada de Trump à Casa Branca é uma ruptura com as melhores tradições democráticas dos EUA, como o respeito às minorias, e com a tranquila alternância entre governantes com visões discrepantes do país, mas não nos valores essenciais que o sustentam desde sua fundação. Trump, que prometeu construir um muro na fronteira com o Mexico, e proibir a entrada de muçulmanos nos EUA, demonstrou que um homem praticamente sozinho, contra tudo e contra todos, é capaz de chegar à sala de comando do poder mundial. A partir de 20 de janeiro, terá ao alcance da mão a valise com os códigos nucleares e controlará as mais letais forças armadas do planeta, além de possuir um púlpito único para se dirigir ao seu país e ao resto do mundo. 
Venceu o candidato "zica brava" e de cara
 amarrada, contra a candidata da
 meiguice e  da continuidade politica.
Agora sem duvida que o assunto sobre 
os emails levantado pelo FBI as vésperas
 das eleições foram uma ducha de 
água fria em cima de Hillary Clinton.
Da Casa Branca poderá se lançar, se cumprir suas promessas, a batalhas com países vizinhos como o México, a quem quer obrigar a pagar o muro. O Mexico vizinho e ate agora amigo dos Estados Unidos, sera o primeiro ponto na agenda do presidente Trump. O republicano desmentiu todas as pesquisas que ha seis meses prognosticavam sua derrota. Derrotou os Clinton, a familia mais poderosa da politica norte americana nas ultimas tres décadas, com exceção dos republicanos Bush, que também se opunham a ele. Enfrentou a maquina de seu proprio partido, os meios de comunicação, wall Street  as grandes capitais europeias e latino americanas e organizações internacionais como a OTAN.
 A grande certeza de tudo isso é que as
 pesquisas de intenção de votos realizadas
 erraram feio e comprovaram mais uma vez que pesquisas não são nem um pouco confiáveis.
De um lado alegria e do outro 
muita tristeza dos correligionários
 de Hillary Clinton, decepcionados.
Seu mérito consistiu em entender o desconforto dos norte americanos vitimas da tempestade da globalização, as classes médias que não deixaram de perder poder aquisitivo nas últimas décadas, os que viram como a grande recessão  paralisava a ascensão social, os que observam desconcertados as mudanças demográficas e sociais em um país cujas elites políticas e econômicas os ignoram. Os bancos da classe trabalhadora, uma minoria antigamente democrata que compete com outras minorias como os latinos e os negros, mas que não tem um status social de vítima encontrou em Trump seu homem providencial. Também a corrente racista que existe no país da escravidão e da segregação encontrou em Trump um líder sob medida.
Fonte El Pais.

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