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segunda-feira, 14 de junho de 2010

CHICO "PICADINHO"

Copa  do  Mundo da  Africa  do Sul .
Zakumi

Nascido em 1942 numa família pobre em Campo Grande, bairro na zona oeste do Rio de Janeiro, quando o pequeno Chico alimentava o sonho de ser cozinheiro, pintor, arquiteto, no entanto, a vida era difícil: por ser o mais velho de oito filhos, tinha que ajudar seus pais a sustentar toda aquela gente. Sua mãe dava duro e o seu pai, por ter hanseníase, ganhava a vida como fornecedor de carne moída ao açougue local  para ele era fácil, bastava esfregar as mãos.

Primeiro crime

Francisco Costa Rocha cometeu seu primeiro assassinato em 1966, quando vivia uma vida muito boemia, com muita bebedeira e mulheres, também usava drogas. Com o passar do tempo necessitava todos os dias fazer sexo, sair e beber muito. Seu primeiro assassinato seguido de esquartejamento foi em 1966. Sua vitima era Margareth, uma boêmia conhecida de seus amigos. Após passarem em alguns restaurantes e bares, Francisco a convidou para terem relações sexuais. Assim ela aceitou ir ao apartamento, na época dele e de Caio(amigo cirurgião-médico da aeronáutica). Francisco nem chegou a consumar o ato. 
Á vitima do Chico ficou num estado lastimável, 
abaixo do plástico, as partes retalhadas!
Após algum tempo, ele começou a ter um jeito violento, e tentou estrangulá-la(de fato o fez), com a mão, e terminou com o cinto. Após ver Margareth morta no quarto, pensou que deveria sumir com o corpo dali. Tirou o trinco da porta do banheiro para melhor locomoção, levou-a, e a deitou de barriga para cima. Usou instrumentos bem rústicos, na realidade, os primeiros que viu pela frente: Gilete, tesoura e faca foram os principais usados. Começou a cortar pelos seios, depois foi tirando os músculos e cortando nas articulações, a fim de que o corpo ficasse menor para poder esconde-lo.
Esse crime bárbaro parece-se
 muito com o crime da mala,
 só faltou á mala!
 Vale ressaltar que Francisco esquartejou Margareth pelo fato de ter medo das ações que viriam após ter causado sua morte, concluindo assim que teria de esconder o corpo. Demorou cerca de 3 a 4 horas até desmembrar a vitima e colocar dentro de uma sacola (pois também sabia que o amigo com quem dividia seu apartamento estaria para chegar). Quando Caio chegou, Francisco disse que tinha uma coisa para contar, e falou que havia matado alguém. Não contou como, nem porque, mas disse que o corpo ainda estava no apartamento. Pediu um tempo para Caio para que pudesse avisar sua mãe e contratar um advogado. De fato, viajou à procura de sua mãe. Ao chegar, avisou uma amiga e não teve coragem de falar o que realmente acontecera, apenas informando que algo de grave havia ocorrido, e pedindo para avisar sua mãe. Ao retornar, seu amigo Caio havia avisado ao delegado de homicídios, que prendeu Francisco, que não reagiu à prisão em momento algum.
Segundo crime

Depois de ter cometido essa barbaridade, Chico Picadinho foi beneficiado 
por essa maravilhosa lei  de progressão de pena pela nossa bondosa justiça que 
cuida muito bem dos direitos dos criminosos e assassinos,e adora ve-los nas ruas 
repetindo seus crimes, o Chico nem acreditou e soltou um grande 
sorriso de satisfação e agradecimento aos seus fieis
fãs e admiradores da "honrosa justiça brasileira". 
E logico que todo esse tempo 
ele não esquartejou ninguem, 
enfim cadeia é pra isso mesmo!
Em 1975, logo depois de deixar a cadeia, Chico casou-se com a psicóloga da prisão por quem havia se apaixonado. A cerimônia foi simples e bonita, e logo o casal foi dividir um apartamento em Bauru, cidade e nome de um sanduíche no interior do Estado de São Paulo. Depois de alguns meses (e uma filha), no entanto, o casamento foi feito em pedaços e cada um seguiu para seu lado.O fato chocante dessa trágica historia de terror urbano, alem dos imenso descaso das leis e da benevolente justiça brasileira, foi  que o Chico picadinho deu uma entrevista ao jornal Noticias Populares da época e confidenciou ao repórter que seria melhor ficar preso porque poderia repetir o crime novamente se fosse solto, mas parece que ninguém acreditou nessa hipótese.
O psicopata, é considerado um 
criminoso incurável, e futuramente 
ira reincidir novamente, como ele fez.
Francisco Rocha, o Chico Picadinho: assassino de duas pessoas, em 1976 e 1996

Após ter sido liberado por bom comportamento, Francisco voltou a cometer um esquartejamento, porém, desta vez, destrinchou sua vítima com um cuidado muito maior, e tentou jogar alguns pedaços pelo vaso. A vitima se chamava Suely e tinha vários codinomes. Depois de matá-la e esquartejá-la, tentando fazer com que o vaso levasse partes do corpo, ele não consegue colocar o corpo todo no vaso sanitário, e depois anda com as partes do corpo da moça.
Anexo da Casa de Custodia de Taubaté, 
o  lugar muito temido pelos presos no
 passado, apelidado por eles de Piranhão
 e Caverna, detalhe o detento Hosmany 
Ramos, quando esteve preso neste. 
Hosmany na prisão
Caio, já sabendo do crime, ficou sem saber ao certo o que devia fazer, e contatou a Delegacia de Homicídios. Na época, a exibição pela imprensa das fotos de suas vítimas cortadas em pedaços sensibilizou bastante a opinião pública, fazendo com que o criminoso fosse condenado a 30 anos de prisão.Por ser considerado perigoso, Chico Picadinho continua preso até hoje, apesar de já ter cumprido a pena máxima prevista pelo Código Penalbrasileiro, que corresponde a um período de trinta anos. Hoje, encontra-se no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Arnaldo Amado Ferreira, na cidade de Taubaté.Estudante de Direito à época dos crimes, Chico Picadinho é um homem muito culto. Até hoje passa seus dias na prisão praticando a pintura. Ao cometer seus crimes, ele agiu sob a influência do romance Crime e Castigo de Dostoiévsky, a quem chamou de Deus numa entrevista. Também é um grande fã da obra de Kafka.
Ele possui um lugar de destaque 
na sala de crimes do museu
da Policia Civil de São Paulo.
Daniella Dolme
Pelo código penal brasileiro, ninguém pode ficar mais de trinta anos na prisão, independentemente de da pena definida no julgamento. O que transformou o caso de Chico numa "prisão perpétua"foi uma interdição civil, obtida pelo Ministério Publico em 1997, pouco antes de á pena imposta a ele chegar ao fim."Nada mais devo á Justiça Criminal, nada fiz á Justiça Civil, entretanto saiu interditado, algo que me faz (Franz) Kafka no seu  O processo", desabafou em carta endereçada ao um de seus advogados.
Hoje na cadeia ele esta velho para
 trabalhar, mais não esta velho
 para voltar á matar!
Ha quase dez anos, o mundo dele é uma cela individual de 8 metros quadrados na Casa de Custódia  e Tratamento de Taubaté, no interior paulista, unidade que abriga varios psicopatas assassinos incuráveis, como o atirador do Shoping Morumbi em São Paulo Matheus da Costa Meira. "Uma pergunta me surge a mim mesmo: ora, se fui julgado e condenado como semi-imputavel (pessoa que apresenta traços de comportamento anti-social), se não ocorreu exacerbação de periculosidade, se jamais tive surto psicotico, nunca necessitando de medicação psiquiátrica, por que ser classificado de inteiramente incapaz?", questiona Chico. Apos alguns anos na extinta Casa de Detenção do Carandiru, pediu transferência para á Penitenciária do Estado, onde passou a se dedicar com afinco ao trabalho, ao estudo e á pintura.
Sem ter o que fazer na cadeia 
ele não pode (esquartejar ninguém),
 pinta quadros!
Na cadeia, foi submetido a um cem-numeros de avaliações psiquiátricas e eletroencefalogramas , que diagnosticaram neurose crônica, conflitos não superados e nenhum vestígio de psicopatia, o parecer favorável dos medicos abriu caminho para o pedido de progressão para o regime semi-aberto, concedido em meados de 1972, sendo que em primeiro de Junho de 1974, saiu em liberdade condicional.
Foi colocado na rua mesmo tendo 
altos traços de psicopatia 
aguda, e deu no que deu.
"Á vista de que nada de anormal em mim fora detectado e a caminho da liberdade", relata Chico, casei com á moça que me acompanhava desde o inicio de minha prisão", o enlace matrimônial ocorreu num cartório de Bauru e a festa no predio da administração do Instituto Penal Agricola de Bauru, tudo muito simples e bonito, " Mas antes que 1975 terminasse, o casamento chegou ao fim, " porem dando de bom fruto uma filha que passou a ser o orgulho da mãe e o meu também, relata Chico.O fato determinante dele ainda estar sendo mantido preso (44 anos), é o fato de no ano de 1997 o preso condenado João Acacio Pereira da Costa o conhecido bandido da luz vermelha, ter sido liberado por ter cumprido sua pena e ter caído na lei dos trinta anos, e quando em liberdade tentou estuprar uma idosa que lhe dera guarida e foi morto pelo seu filho um pescador de Joinville.

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